Mas não é apenas no currículo da disciplina que Katherine tenta inovar. Ela sabe que muitas (se não todas) das meninas do Wellesley sonham apenas em ter uma vida ao lado de um marido e cuidar dos filhos - e só. Nada de carreira, ou estudos. Por isso, Katherine faz o possível para colocar na cabeça das alunas que elas não precisam ficar em casa pelo resto da vida: podem fazer faculdade, trabalhar, e ao mesmo tempo ter uma família. Essa nova visão de mundo cativa algumas alunas, como Joan (Julia Stiles), mas enfurece outras, como Betty (Kirsten Dunst), autora de enfurecidos artigos no jornal da escola e a primeira da turma a se casar.
O problema com O Sorriso de Mona Lisa é que isso já foi feito antes e melhor: chamava-se Sociedade dos Poetas Mortos. Para complicar, o longa de Mike Newell é incoerente, pois supostamente incentiva a livre decisão, mas tem sua própria agenda. Katherine diz às moças que façam o que quiserem de suas vidas, mas o filme manda a mensagem: ser conservador ou tradicional é errado; dedicar-se apenas à família e aos filhos é bobagem - das poucas mulheres casadas no filme, uma é resignada; a outra, amarga; e, para a terceira, só falta Katherine profetizar que ela sempre se arrependerá de sua escolha.
O Sorriso de Mona Lisa
Diretor: Mike Newell
Elenco: Julia Stiles, Julia Roberts, Maggie Gyllenhaal, Kirsten Dunst
País de origem: EUA
Ano de produção: 2003
Classificação: 12 anos