O capitão Nathan Algren (Tom Cruise) é um veterano da Guerra Civil norte-americana, e dos combates contra os índios, em que o exército branco costumava dizimar nações inteiras. Aparentemente um precursor dos direitos humanos, Algren é atormentado pela lembrança de uma batalha contra uma tribo indefesa - quando aparentemente o resto do exército não estava nem aí. Sem uma fonte decente de renda depois dos conflitos, ele e o coronel Bagley (Tony Goldwin) aceitam uma oferta: ir ao Japão mostrar ao nascente exército nacional o jeito ocidental de fazer guerra. Eles são convidados do próprio imperador, um jovem fascinado por qualquer coisa que venha do Ocidente e disposto a modernizar o país.

>> Confira as estreias da semana

Os novos inimigos de Algren são os samurais, liderados por Katsumoto (Ken Watanabe). Eles acham que a modernização do Japão está rápida demais, e que o país corre o perigo de se tornar apenas mais uma nação ocidental habitada por gente de olhos puxados. Sem meios de vencer o rico empresário Omura na guerra pela mente do imperador, os guerreiros estão em rebelião - mas profundamente convencidos de que servem o monarca com suas ações. Mas, no primeiro enfrentamento entre os samurais e as tropas imperiais, o desastre é completo e Algren é feito prisioneiro. É quando ele perceberá que os tradicionais guerreiros não são selvagens, mas homens de valor. E, ao ver que apenas a ganância move Omura, passará de professor a aluno, para se tornar O Último Samurai.

Com um impressionante trabalho de reconstrução de época nos cenários e figurinos (a figurnista é a mesma da trilogia O Senhor dos Anéis), O Último Samurai culmina em uma batalha que parece uma mistura de Coração Valente com Tempo de Glória (dirigido, aliás, pelo mesmo Edward Zwick) ou O Patriota. Tanto Ken Watanabe (ator coadjuvante) quanto Tom Cruise (ator - drama) foram indicados para o Globo de Ouro. Cruise, que tem seus altos e baixos durante o longa (os altos são bem mais freqüentes), levou dois anos se preparando para as filmagens, aprendendo japonês e a manejar a espada. No filme, o espectador ainda será brindado com alguns diálogos dignos de Yoda durante o treinamento de Algren entre os samurais, e não deixará de pensar no elfo Legolas ao ver como alguns dos guerreiros usam bem o arco.