Orquestra dos Meninos filme - trailer, sinopse e críticas

Nos anos 70, o menino Mozart Vieira tem apenas um objetivo em sua vida: capturar os sons da natureza para transformá-los em belas melodias. Para isso, o garoto se espelha em seu avô, um maestro de banda, aprendendo como dominar as técnicas da profissão. Anos depois, Mozart (Murilo Rosa) continua com seu amor pela música, apesar de não manter o empenho que dedicava na infância. Popular entre os mais jovens, ele só tem um maior contato com os sons quando senta na praça de São Mariano, no interior do nordeste, para tocar violão para as crianças.

Quando um amigo de infância de Mozart volta para a cidade, se surpreende ao saber que o garoto que conheceu anos atrás ainda não tinha se tornado um maestro, como sempre dizia. O reencontro faz nascer no músico a idéia de criar A Orquestra dos Meninos, tendo como componentes as crianças da região. Com instrumentos do avô, e usando uma sala cedida pela escola, o grupo começa seus treinos. Logo, os músicos começam a chamar a atenção da imprensa da região e de um candidato ao governo, causando inveja aos políticos locais, principalmente depois de aparecerem em um programa de televisão em rede nacional.

O sucesso começa a se tornar um problema para Mozart, que percebe que suas relações com os poderosos, e até mesmo com seu antigo amigo, se tornam cada vez mais difíceis. Um dia, um dos meninos da orquestra, Erinaldo, é misteriosamente seqüestrado. Quando ele retorna, todo machucado, é assediado pela polícia e pela imprensa, que querem descobrir o autor do crime. Mesmo com a negação de Erinaldo, a justiça conclui que o culpado foi Mozart. Agora, mais do que a música, o maestro deve lutar para salvar a dignidade da Orquestra dos Meninos de São Mariano.

O filme de Paulo Thiago é baseado em uma história real ocorrida na década de 1990 no município de São Caetano, em Pernambuco. As filmagens, no entanto, aconteceram no sertão de Sergipe. No episódio, o músico que era visto como um herói nacional, por resgatar a cidadania dos jovens, foi tachado como vilão pela maioria que acompanhou o caso. Apenas a intervenção de um grupo de artistas dispostos a ajudar Mozart, além de D. Helder Câmara, que o músico provou sua inocência.