Lá, Wendy conhece os Meninos Perdidos, desperta ciúmes doentios de Sininho (Ludivine Sagnier) - quem diria, a fadinha tem um pé no lado negro da Força - e descobre que os piratas das histórias que contava eram de verdade, liderados pelo Capitão Gancho (Jason Isaacs - que, seguindo uma tradição do cinema e do teatro, também faz o papel de George Darling, pai de Wendy), inimigo mortal de Peter Pan. Os recém-chegados parecem uma boa isca para o pirata, que pretende usar Wendy e seus irmãos para atrair o menino que não cresce nunca e se vingar por ter perdido uma de suas mãos em uma luta contra Pan.
A história de Peter Pan, criada pelo escocês J.M. Barrie, está para completar 100 anos de palco (o livro foi escrito por Barrie apenas em 1911), e esta nova produção foge do tom de conto-de-fadas de versões anteriores (deixando de lado Hook, de Steven Spielberg, com um Pan crescido), e dá o que pensar. Além do romance meio sublimado entre Pan e Wendy, o enredo dá a entender que não crescer nunca pode ser divertido por algum tempo, mas a longo prazo não é uma boa escolha. Também é interessante ver como os Meninos Perdidos estão, no fundo, desesperados por ter ao lado uma família inteira, com pai e mãe. O filme foi rodado na Austrália, dirigido por P.J. Hogan (de O Casamento do Meu Melhor Amigo), e quem ficar para os créditos verá uma curiosidade: o longa é dedicado a Dodi Al-Fayed, namorado de Lady Di que morreu no acidente que matou a princesa, e filho do produtor-executivo do filme.
Peter Pan
Diretor: P. J. Hogan
País de origem: EUA
Ano de produção: 2003
Classificação: Livre