Guia da Semana

Quando escreveu o prefácio a uma das edições de Raízes do Brasil, Antônio Cândido disse que o livro de Sérgio Buarque de Holanda, escrito em 1936, era uma das três obras essenciais para se entender o Brasil (as outras duas seriam Casa Grande e Senzala e Formação do Brasil Contemporâneo). Diferenciando as colonizações portuguesa e espanhola, e o "aventureiro" do "trabalhador", Sérgio ajudou a compreender como o passado colonial moldou o Brasil atual. E, com a idéia de "homem cordial" (expressão que criou problemas com Cassiano Ricardo), o historiador mostrava que as relações sociais do brasileiro são pautadas mais pela simpatia que pelo formalismo.

Raízes do Brasil - Uma Cinebiografia de Sérgio Buarque de Holanda surgiu quando Nélson Pereira dos Santos aceitou a sugestão de Ana, uma das filhas de Sérgio. O documentário não fica apenas no livro, ou no legado intelectual do historiador. Com o objetivo de aproximar a platéia do biografado, Nélson optou por dar menos espaço aos estudiosos e mais aos familiares e amigos, como a viúva Maria Amélia, os filhos Chico e Miúcha (que colaborou com o roteiro), a neta Bebel Gilberto, além de Antônio Cândido e Paulo Vanzolini; Sílvia, neta de Sérgio, lê trechos de Raízes do Brasil.

Raízes do Brasil - Uma Cinebiografia de Sérgio Buarque de Holanda

Diretor: Nelson Pereira dos Santos

País de origem: BRA

Ano de produção: 2004

Classificação: 12 anos