Guia da Semana

Ele não é Hercule Poirot, mas precisa usar seu talento para desvendar crimes. Não é James Bond, mas belas garotas cruzam seu caminho. Estamos falando do genial inspetor Clouseau (Peter Sellers), glória da polícia francesa - quer dizer, nem tanto. Por um erro, ele foi incluído na investigação de um caso importantíssimo: o assassinato do motorista da mansão dos Ballon, o espanhol Miguel. O milionário Benjamin Ballon (George Sanders) não quer publicidade, e depois das primeiras conversas de Clouseau com os donos e empregados da casa surge uma suspeita: Maria Gambrelli (Elke Sommers), que também era namorada do morto.

Na verdade, todas as evidências apontam para ela, encontrada com a arma do crime nas mãos. Ainda mais quando novos assassinatos acontecem, e em todos eles Maria está presente. Só pode ter sido Maria, certo? O inspetor Clouseau acha que não. Na verdade, ele está é perdidamente apaixonado pela bela mocinha e, para desespero do comissário Dreyfus (Herbert Lom), manda soltá-la da cadeia. O que deixa o chefe de polícia à beira de um ataque de nervos é a incógnita: a tese de Clouseau é ridícula, mas... e se ele estiver certo?

O relançamento em cópia nova de Um Tiro no Escuro é parte das comemorações pelos 40 anos de A Pantera Cor-de-Rosa primeiro filme do hilário inspetor Clouseau. A seqüência, também de 1964, tem seus trunfos: eliminou a mulher de Clouseau e trouxe dois dos personagens mais divertidos da série: o comissário Dreyfus e o fiel assistente Kato (Burt Kwouk), apresentado à platéia em uma cena que nem um especialista taiwanês poderia ter coreografado melhor. A cena inicial, mostrando diversos cômodos da mansão Ballon, também é primorosa. Este é o único filme a não usar o nome "Pantera Cor-de-Rosa" no título e o personagem na animação inicial - que não deixa de ser bem divertida, apesar da ausência do felino dos desenhos.

Um Tiro no Escuro

Diretor: Blake Edwards

País de origem: EUA

Ano de produção: 1964

Classificação: 12 anos