Qualquer um pode ser vítima, apesar de psicossomática, a doença mostra seus reflexos fisicamente e dificulta que o indivíduo se relacione em sociedade.
Por Redação Guia da Semana
Por Adriana Farano
A Síndrome do Pânico pode ocorrer em jovens ou adultos na faixa etária dos 20 aos 40 anos e que se encontram no auge da vida profissional. Normalmente são pessoas ativas, que têm muita responsabilidade e afazeres, além de serem perfeccionistas, muito exigentes consigo mesmas e não costumam aceitar bem os erros ou imprevistos do cotidiano. Costumam ter tendência à preocupação excessiva com problemas do cotidiano, têm um bom nível de criatividade, necessidade de estar no controle da situação, altas expectativa, pensamento rígido, são competentes e confiáveis. Reprimem sentimentos negativos, como orgulho, irritação e conflito íntimo. Sendo assim, a pessoa acaba ficando mais estressada, o que aumenta a atividade de certas regiões do cérebro, podendo levar a um desequilíbrio bioquímico.
"A crise vai acontecer por causa da descarga de adrenalina no sistema de alerta, o que faz com a pessoa ache que esta tendo um enfarte.", explica o psiquiatra Dr. Pedro Altenfelder, de São Paulo.
Por que acontece? Não há hora, nem local para que ocorra uma crise de pânico, por isso é tão difícil saber quem vai ter ou não. Normalmente acontecem em alguma situação que já era estressante para a pessoa, como dirigir.
"O problema é que a pessoa relaciona o lugar com a crise, e fica com trauma de fazer o que estava fazendo na hora da síndrome novamente", esclarece Dr. Altenfelder.
SINTOMAS DA CRISE DO PÂNICO:
palpitações,
sudorese,
tremores ou abalos,
sensações de falta de ar ou sufocamento,
sensação de asfixia,
dor ou desconforto torácico,
náusea ou desconforto abdominal,
tontura ou vertigem,
sensação de não ser ela(e) mesma(o),
medo de perder o controle ou de "enlouquecer",
medo de morrer,
formigamentos e
calafrios ou ondas de calor.
Os sintomas são muito parecidos com um ataque cardíaco, por isso normalmente as pessoas ficam anos procurando cardiologistas para descobrir o que têm, mas nos exames nada consta. A ajuda do psicoterapeuta é fundamental e o tratamento é feito com ajuda de remédios.
"A grande dificuldade é que alguns pacientes têm certa resistência aos remédios, o que pode fazer com que o tratamento demore mais para finalizar", completa Dr. Altenfelder. Normalmente a terapia com alopatia demora em média um ano, sendo necessário fazer um acompanhamento depois com o psicólogo, para conseguir conter a ansiedade.