Guia da Semana

Foto: www.morguefile.com

Há quem pense que a base da alimentação do bebê pode ser uma papinha cheia de ingredientes e bem amassadinha, mas, para cada etapa da vida da criança, há uma temperatura, uma consistência e uma quantidade de sal específica na alimentação. Sem a disponibilidade de um especialista para orientar, muitos pais acabam errando na forma de oferecer os alimentos aos filhos. Isso pode resultar até mesmo em uma má formação da mandíbula, pela falta de estímulo à mastigação, por meio de pedaços de alimentos na dieta da criança.

O Ministério da Saúde recomenda que, até os 6 meses de idade, os bebês sejam alimentados estritamente pelo leite materno. Nos casos em que a mãe não consegue amamentar ou a criança não aceita, é indicado o uso de leites modificados e não do leite de vaca, pois este último, mesmo diluído, pode provocar alergias. "Nos casos de desmame precoce e com consumo de leite modificado, a partir de 30 dias deve-se introduzir gradativamente sucos de frutas sem adição de açúcar, com o objetivo de hidratar e fornecer vitaminas", explica a nutricionista Joana D´arc Mura.

Foto: www.sxc.hu
Quando o suco é introduzido precocemente, os adultos devem oferecer alimentação mais pastosa e com tempero leve entre os 4 e 5 meses da criança; introduzindo primeiro as papas de frutas e, posteriormente, caldos de hortaliças. Após o sétimo mês de vida, a alimentação deve ser acrescida das próprias hortaliças e de cereais; depois com carnes e legumes, até a composição de uma papinha completa.

"Após os 8 meses, se inicia a oferta de suco em copo e almoço composto de arroz, feijão, hortaliça e feculento, carnes moídas ou desfiadas", diz Joana Mura. É importante ressaltar que ovos só podem ser introduzidos a partir dos 10 meses. Frutas, verduras e legumes são essenciais para o suporte de vitaminas e minerais no desenvolvimento do organismo, pois garantem os macro e os micronutrientes necessários. Os alimentos são substâncias químicas indispensáveis para o funcionamento metabólico e para a manutenção da vitalidade do bebê.

Com 1 ano e 8 meses, as crianças sentem vontade de se alimentar sozinhas e, com 1 ano e 11 meses, começam a selecionar os alimentos que querem ou não comer. Aos 3 anos, os pequenos começam a apresentar preferências de cores, sabores e consistências; essa é, talvez, a fase de maior definição das futuras preferências alimentares.

Papinhas caseiras

Foto: www.sxc.hu

O preparo da alimentação do bebê é um fator determinante de sua saúde, por isso é preciso ter todo o cuidado. As sopinhas devem ser preparadas em pequenas quantidades, com ingredientes frescos que são colocados um a um na panela, para facilitar a detecção de alergias ou incompatibilidade digestiva.

Deve-se evitar o congelamento dos alimentos ou a permanência destes em temperatura ambiente por mais de duas horas. "Caso seja necessário um preparo maior, a sopa deve passar por choque térmico, acondicionada devidamente em recipientes de vidro e levada à refrigeração, identificada com data de preparo e ingredientes de composição", complementa Joana D´arc Mura.

No caso da opção por sopas prontas, é preciso que os pais estejam atentos à data de validade e à qualidade do produto. Apesar de não ser interessante para a vitalidade humana, o uso de produtos com aditivos e conservantes é uma realidade: o interessante é usar estes itens eventualmente, dando preferência à alimentação caseira, preparada especialmente para atender às necessidades das crianças da casa. "O ideal é o preparo caseiro, para diversificar cores, texturas, sabores e odores", diz a nutricionista.

Profissinal consultado:

? Joana D´arc Pereira Mura - nutricionista - CRN-3- n° 160 - jmura @prefeitura.sp.gov.br

Atualizado em 6 Set 2011.