Foto:Sxc.Hu |
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Babywearing é o termo utilizado para essa forma de carregar o bebê como se você estivesse o vestindo e, para os pais, não há coisa melhor do que estar pertinho do filhote! Essa prática de transporte coladinho ao corpo é muito comum em várias culturas (africanas, asiáticas e indígenas), slingando por meio de tecidos que em nada se parecem com o canguru que conhecemos.
Os cangurus permitem uma postura anti-fisiológica dos bebês, nas quais as pernas ficam penduradas, gerando uma postura da coluna inadequada, distribuição de peso incorreta e perigosa, pois a base de apoio se incide na genitália do bebê. Além desses fatores, os pais só poderão usá-lo mais para frente, por volta dos três ou quatro meses, quando o bebê possui melhor controle da cabeça.
Já o sling permite uma postura fisiológica do corpo do bebê em suas várias possibilidades de posição, seja na horizontal, sentada de Buda, barriga com barriga, de frente para o mundo, apoiada no quadril e nas costas. Artigo recente da Red Canguro (Associação Espanhola para o Incentivo ao Uso dos Carregadores de Bebê) revela que tanto a coluna quanto o quadril do bebê são "respeitados" pelo sling, pois a postura rã - na qual o bebê senta com as pernas abertas com 45 graus em relação ao eixo corporal, quadril flexionado e joelhos ligeiramente superiores ao bumbum - permitem que a cabeça do fêmur tenha encaixe perfeito no acetábulo do quadril, contribuindo até mesmo para o tratamento de displasias leves de quadril.
Muitas mães já saem da maternidade slingando seu pequeno, o que é maravilhoso para ambos, já que o sling permite a continuidade da barriga e a união dos dois corpos nesse momento tão importante. Portanto, pode ser usado desde o nascimento até os dois ou três anos, por volta dos 10 a 20 quilos da criança.
São vários os tipos a escolher e posições a ser exploradas conforme o bebê cresce, tais como: o ring sling (tecido com duas argolas que permite uma perfeita trava), pouch sling (sem argolas, é feito sob medidas), mei-tai (tecido com alças cruzadas na costas e amarradas na cintura) e wrap (tecido longo amarrado nas costas).
São muitos os fatores positivos em slingar tanto para a mãe quanto para o bebê, confira os benefícios:
Para o bebê:
- O sling é similar à posição de aconchego e fechamento nos braços da mãe, portanto a coluna fica alinhada na posição de conforto físico e emocional;
- O contato tátil, os movimentos, a batida do coração e a respiração da mãe permitem um acolhimento como o do útero;
- Permite várias posições respeitando e favorecendo o desenvolvimento sensório-motor e aquisição de habilidades;
- Permite a posição vertical com bom apoio de cabeça, mesmo para bebês novinhos, sendo indicada para aqueles que possuem refluxo gastro esofágico, prevenindo a regurgitação;
- Tanto a posição de Buda quanto a proximidade e o carinho do corpo da mãe diminuem crises de cólicas;
- São mais tranquilos, seguros, dormem com boa qualidade de sono e choram menos;
- A proximidade e o estímulo corpo a corpo favorecem o ganho de peso, melhora o tônus muscular, a coordenação motora, as reações de equilíbrio e o aprendizado das expressões faciais;
- Enxergam o mundo na mesma linha de quem o carrega, diferentemente das visões baixas permitidas pelos carrinhos de bebê;
- São mais independentes, interagem melhor com o outro e com objetos.
Para os pais:
- Permite melhor vinculação, interação, comunicação, observação e aprendizado da linguagem corporal do bebê;
- É
Atualizado em 6 Set 2011.