Guia da Semana

Foto:Getty Images


Os bebês falam através do corpo. Seus gestos e expressões são diálogos silenciosos à linguagem verbal, mas riquíssimos em comunicação corporal. Aprender a ler e interpretar a comunicação corporal contribui para criar um ambiente de compreensão mútuo, pois ignorar essa conversa significa calar a voz natural do bebê.

A comunicação dos adultos é a linguagem verbal e ao mesmo tempo dominam a linguagem corporal. Para o bebê a linguagem corporal dos pais expressa muito mais do que a linguagem verbal, visto que o bebê não tem capacidade de compreendê-la. Portanto, o bebê reage muito mais àquilo que sente, percebe sensorialmente do que o que escuta.

A pele é o maior órgão do corpo humano e o primeiro a formar-se ainda intra-útero. O contato corporal faz parte do bebê e pode ser re-significado no contato através dos cuidados diários.

Embalar, aninhar, acariciar, massagear o bebê é de extrema importância porque esse contato auxilia os pais a aprenderem a ler e compreender a linguagem corporal do bebê. Os bebês não dominam completamente essa linguagem e dia-a-dia elas sofrem mudanças com as interações que recebe nos cuidadas diários. Através do corpo o bebê expressará seus sentimentos e necessidades e a partir do momento que o bebê é compreendido torna-se mais próxima à solução.

Para aprender a ler a linguagem corporal do bebê basta ter contato, dedicar-se e relacionar-se, com o olhar voltado às expressões de necessidades e atentos a compreensão. Dessa forma, a solução vem, diminuindo a necessidade do bebê chorar para se fazer compreendido. O ideal é perceber o momento e retribuir com a solução. Por exemplo, se a mãe sente os seios incharem indicando que está chegando à hora da mamada, seria interessante que ela estivesse perto e observasse o comportamento do bebê e já oferecesse o seio ao bebê antes dele chorar com fome. Dessa forma o bebê compreende que pequenos sinais corporais já traduzem seu desejo. O contrário, por exemplo, se o bebê chora com fome e a mãe não oferece o seio indica ao bebê que ele precisa chorar mais forte, oferecendo mais sinais corporais para que seu desejo seja atendido.

Uma forma bastante eficaz e diferente do dia-a-dia de aprender a linguagem corporal é massagear o bebê através da Shantala. A massagem além de ser um ato de amor e vinculação (dentre outros benefícios), permite um diálogo corporal, onde quem aplica se coloca em inteira atenção para oferecer satisfação ao bebê. O ritmo corporal da Shantala e o olho no olho permite uma visão ao entendimento dos movimentos do bebê, entendendo isso a solução se aproxima, diminuindo o sofrimento de ambos.

Permitir-se encontrar momentos diários de intimidade com o bebê são vitais vão além do cuidar, mais sim de manter um olhar as reais necessidades do bebê.




Quem é a colunista: Denise Gurgel.
O que faz: Fisioterapeuta atuante na área materno-infantil e especialista em Shantala
Pecado gastronômico: Pães, todos os tipos, formas e sabores!
Melhor lugar do Brasil: Parece clichê, mas é a minha casa!.
Fale com ela: [email protected]

Atualizado em 10 Abr 2012.