![]() |
Na antiguidade, os bebês, em seu primeiro ano de vida, eram enfaixados, com a finalidade de mantê-los aquecidos e também para evitar mal formações na coluna. Nos primórdios da civilização eles mais pareciam pequenas múmias, enrolados quase até o pescoço. Tratava-se de um duplo enfaixamento do dos ombros aos pés, que permitia à criança mover somente o rosto.
No final de 1700, a crença era que o envolvimento do bebê com faixas não muito apertadas mantinha a posição correta da coluna e membros, pois as pernas ficavam próximas e os braços estendidos ao longo do tronco.
A idéia era que assim,o bebê cresceria reto e robusto, sendo que nos séculos passados, a configuração do corpo era ainda menor e mais frágil que a atual. Concluído o enfaixamento, o recém nascido com o rosto descoberto deveria estar suficientemente firme para ser erguido ou transportado sem que nenhum membro se dobrasse. Depois de alguns meses, os braços e a cabeça eram liberados e a parte inferior do corpo continuava por um longo tempo preso no rígido invólucro das faixas.
Comum em todos os países e classes sociais, as faixas eram de linho, algodão ou lã, presos por uma fita. O diferencial desta roupa infantil eram as duas tiras de pano que desciam dos ombros pelas costas da criança, que aparentemente serviriam para auxiliar os primeiros passos impedindo que caíssem.
![]() |
Em países da Europa, o enfaixamento era feito pela ama de leite, que utilizava as próprias pernas estendidas como apoio. O enxoval era costurado por freiras, porém mesmo em casas reais se procurava reutilizar peças usadas dos irmãos mais velhos.

O que faz: jornalista / pesquisadora história da moda
Pecado gastronômico: sem pecado, sem sair da linha
Melhor lugar do Brasil: praias de Maceió
Fale com ela: [email protected] ou www.todamodanews.com.br
Atualizado em 6 Set 2011.