Guia da Semana

Foto: sxc.hu


A quantidade e variedade da produção de brinquedos hoje em dia induzem cada vez mais o consumo de peças e jogos para agradar a criançada. Os pais, preocupados em oferecer e presentear seus filhos com as novidades do mercado, às vezes esquecem de avaliar se o objeto pode representar algum perigo dentro de casa.

Após o recall de cerca de 21,8 milhões de brinquedos da Mattell, por conta de problemas com cerca de 1500 crianças americanas que ingeriram ou aspiraram ímãs pequenos contidos nos produtos, o Brasil providencia agora um controle mais rígido na fiscalização. Deste número, 850 mil brinquedos estão localizados aqui no país. O órgão responsável por normalizar as condições técnicas do que é comercializado é o Inmetro- Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial.

Foto:sxc.hu
Por conta do comércio ilegal e da falta de atenção dos pais, muitos desses produtos são comprados sem terem passado pela inspeção. Por isso, a coordenadora da ONG Criança Segura Luciana O´Reilly explica que as pessoas devem analisar se o brinquedo tem o selo do Inmetro e seguir as recomendações escritas nas embalagens. "Se o órgão determina que uma boneca, por exemplo, é para crianças acima de 5 anos, deve-se respeitar. Não é à toa que isso existe. Se um jogo tem muitas peças minúsculas é óbvio que uma criança de 3 anos que está em uma fase que coloca tudo na boca não pode nem chegar perto. As pessoas não podem subestimar o Inmetro que tem se esforçado para fazer um bom trabalho."

Antigamente, o Instituto recolhia uma mostra de brinquedo por ano para teste e agora faz isso quatro vezes anualmente. Luciana explica que esse número tem aumentado porque os brinquedos hoje são dotados de uma super tecnologia e por isso, o perigo pode ser maior. "Mais um motivo para que os pais confiem nesse trabalho e obedeçam o tal selo".

O Inmetro determinou, nesta última semana, que fiscais retirem das lojas brinquedos da linha Magnetix, que apresentaram problemas com ímãs, provando o o controle severo em todo país.

Foto: sxc.hu


Um outro problema que preocupa os especialistas e é motivo de graves acidentes domésticos são os remédios expostos dentro de casa. Agora, muitos deles são coloridos, tem formatos de bichinhos para que as crianças os tomem com mais facilidade quando estão doentes. Porém, às vezes elas gostam de tomá-los, confundem com balas e ingerem sem a supervisão dos pais. Luciana insiste que a responsabilidade de manter brinquedos muito perigosos e remédios longe de crianças pequenas é dos pais e que eles devem impedir o acesso fácil a esses objetos.

Saiba como proteger uma criança de um acidente com brinquedos
? Quando selecionar os brinquedos, considere a idade, o interesse e o nível de habilidade da criança. Siga as recomendações do fabricante e procure brinquedos com selo de garantia do Inmetro;

? Inspecione os brinquedos regularmente à procura de danos e potenciais riscos tais como pontas afiadas e arestas. Concerte o brinquedo imediatamente ou mantenha-o fora do alcance da criança;

? Considere utilizar um testador de partes pequenas de brinquedos para determinar se os brinquedos pequenos apresentam perigo de engasgamento em crianças de até 3 anos. Dica: utilize uma embalagem de filme fotográfico como referência;

? Evite utilizar balões de látex/bexiga. Se realmente precisar utilizá-los, guarde-os fora do alcance das crianças. Não permita que crianças encham bexigas. Após o uso, esvazie as bexigas e descarte-as juntamente com eventuais pedaços;

? Evite brinquedos com pontas e bordas afiadas, que produzem sons altos e que apresentem projéteis, como dardos e flechas;

? Brinquedos com correntes, tiras e cordas com mais de 15 cm devem ser evitados para reduzir o risco de estrangulamento;

? Brinquedos elétricos podem causar queimaduras. Evite brinquedos com elementos de aquecimento - baterias, tomadas elétricas - para crianças com menos de 8 anos.

Consultas:
ONG Criança Segura- www.criancasegura.org.com.br

Inmetro- Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial- www.inmetro.gov.br

Atualizado em 6 Set 2011.