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Os bebês Felipe, Guilherme e Lívia de 2 anos e 2 meses

Fraldas, escolinha, roupas... Se cuidar de uma criança não é fácil, o que dizer de três filhos? Assim é a vida de quem cria trigêmeos, na qual todas as tarefas mais simples (como esquentar uma mamadeira) são elevadas ao cubo. Correria sem fim, gastos exorbitantes e noites sem dormir. O resultado disso? Um sorriso no rosto dos pimpolhos, que compensa cada centavo gasto (e janelas de vizinhos quebradas). Confira abaixo a rotina de duas dessas mães em dose tripla.

Estou grávida

A primeira impressão pode ser de espanto, felicidade ou apreensão. Depende muito da história de vida de cada um. Mas no final das contas, saber que três novas vidas estão crescendo dentro de você, muda a sua forma de ver o mundo. "Mesmo fazendo tratamento para gêmeos, fiquei muito assustada quando soube que eram três. Eu fiquei grávida um ano depois da Fátima Bernardes. Aí pensei: eu não trabalho na Globo, estou ferrada!", conta Fernanda D´Elia, endocrinologolista e autora do blog Mamãe é Blogueira, onde conta a histórias vividas pelos seus três filhos, de 10 anos.

Sou mãe

A preparação do quarto, enxoval, fraldas, mamadeiras e acessórios multiplicados por três, pode ser algo bastante complicado. Mas de acordo com as mães, a necessidade cria hábitos rotineiros rapidamente. "Tive que trocar de casa e carro. Tudo que se adaptasse para a vida de uma grande família", comenta Fabiane Meirelles, mãe de Felipe, Guilherme e Lívia, de 2 anos.

A hora da amamentação e trocar as fraldas costumam ser bem corridas. No caso de Fernanda, logo após terminar de dar a última mamadeira, já estava na hora de fazer as trocas. "Eu era meio neurótica com algumas questões. Fiz uma planilha com o nome de cada um, com as mamadas, fraldas e remédios. Assim que fazia alguma coisa, já colocava o X lá no campo", comenta.

Na casa de Fabiane, as coisas não eram muito diferentes. "Eram 30 ml de leite que duravam uma hora. Parava, colocava pra arrotar... Torcia muito para que eles não chorassem juntos. Até o pai deles já se confundiu: deu remédio duas vezes para o mesmo. Sorte que era uma vitamina, nada demais", relembra a mãe.

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Felipe, Lucas e Rarael de 10 anos ao lado dos pais Fernanda e Gilberto


Gastos


Uma fralda a cada três horas para cada um. Vinte e quatro por dia. Uma média de 720 por mês. Os números parecem de atacado, mas faziam parte da rotina de Fabiana e seus três prodígios (sem contar a lata de leite em pó diária). E não para por aí. "Agora ainda tem o colégio, que dá R$ 620,00 por mês para cada um, mais taxa de matricula, colônias de férias e tudo mais".

Optar por escolhas práticas parece ser o caminho mais indicado no quesito compras. Nesse aspecto, leite e as fraldas são os maiores vilões do orçamento familiar. Segundo Fernanda, o ideal é comprar tudo em muita quantidade. "Hoje em dia passo pela parte de fraldas no mercado e fico até com aflição. Colocava sempre na ponta do lápis todos os gastos, onde investir. Você entra no incrível mundo dos genéricos, tudo sem marca. Compra roupas em baciada. Algumas coisas precisam ser cortadas sem dó", aconselha.

Crescimento

Detalhes como uma mecha do primeiro corte de cabelo, costumam não ser a prioridades na vida dessas mães. A meta geralmente costuma ser dedicar a mesma quantidade de atenção para cada um. "É muito difícil. Procuro sempre falar olhando no olho, com paciência dividindo o tempo de cada um no colo com o pai. É importante administrar isso e com o dia-a-dia cada um aprende", comenta Fabiane.

Futuro

Quando questionadas sobre o futuro, tanto Fabiane quanto Fernanda possuem a resposta (e o sorriso) na ponta da língua: "não sei como será". "Eu vou vivendo o dia. Por enquanto, prefiro a preocupação de conseguir pegá-los no colo", afirma Fabiane. "Quando chegar nessa fase acho que vou preferir os tempos em que a briga era pelo videogame", completa Fernanda.

Atualizado em 6 Set 2011.