Guia da Semana

Por Larissa Coldibeli



Apesar da pequena divulgação das campanhas de vacinação na adolescência, elas são tão importantes quanto as infantis. Os pais precisam ficar atentos, porque o calendário de vacinação do teen é uma continuidade do calendário da criança. Algumas vacinas precisam de reforço na puberdade e outras ainda não existiam quando o adolescente de hoje era criança.

O Calendário do Adolescente é instituído pelo Ministério da Saúde para a faixa etária dos 11 aos 19 anos. As vacinas disponíveis são contra hepatite B, dT (difteria e tétano), febre amarela e a tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola). Sendo assim, o Cartão de Vacinação se transforma num documento que deve ser guardado por toda a vida do usuário do SUS - Sitema Único de Saúde. Ele vai acompanhar a tomada de vacinas da infância, passando pela adolescência, até a idade adulta.

Entre as vacinas da infância que precisam de reforço na adolescência, estão a do tétano e difteria. O reforço deve ser aplicado dez anos depois da primeira dose, que geralmente é aos dois meses de idade, quando é aplicada a vacina tetravalente (contra difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções por haemophilus influenza tipo b). Apesar da pequena incidência de tétano no Brasil, a doença pode ser contraída em qualquer fase da vida.

Já a vacina contra a hepatite B, só foi implantada pelo Ministério da Saúde em 1994 no calendário de rotina. Ou seja, adolescentes com até 19 anos podem não estar vacinados contra a doença, que é sexualmente transmissível e que pode evoluir para problemas hepáticos graves, como cirrose. A primeira dose deve ser administrada ainda na maternidade, nas primeiras 12 horas de vida do recém-nascido. São três doses que valem para a vida toda, com intervalos de 30 dias da primeira para a segunda e 180 dias da primeira para a terceira dose. A enfermeira Andresa de Freitas, da Clínica Médica da Universidade Paulista - Unip, alerta para a importância da imunização: "Por ser facilmente transmitido por via sexual, é imprescindível que o jovem tome a vacina contra o vírus da hepatite B, pois nesta fase, eles ficam especialmente expostos".

Outra vacina que não é exclusiva da infância é contra a febre amarela. A primeira dose é indicada para crianças a partir dos nove meses de idade e o reforço deve ser feito de 10 em 10 anos. Quem viajar para determinadas localidades, como a região Norte e Centro-Oeste, por exemplo, deve se vacinar contra a doença 10 dias antes da viagem.

As meninas devem ficar atentas contra a rubéola. A doença pode ocasionar problemas sérios para o feto se contraída durante a gravidez. A rubéola provoca lesões cerebrais, cardíacas e oculares na criança. "A vacinação nas meninas em idade fértil é uma precaução pelos filhos que elas podem ter no futuro", alerta a enfermeira. Para os meninos, a ênfase não é tão grande, mas eles também podem tomar, principalmente por ser um vetor de transmissão da doença para a mulher.

Uma vacina que é muito divulgada para a terceira idade, mas que também pode ser tomada pelos jovens é a da gripe. Não é prioridade na carteirinha, mas é uma boa precaução contra a doença.

Serviço:
Unip
Rua Vergueiro 1211, Paraíso - São Paulo

Fotos: Stck.Xchng

Atualizado em 6 Set 2011.