Guia da Semana

Apesar de parecer o contrário, o curso e Economia é da área de humanas e não de exatas. Isso porque mais do que ter o conhecimento técnico, ser um economista é saber analisar o ambiente econômico, criar planos financeiros econômicos e administrativos para as empresas e instituições e fazer prognósticos.

A economia se divide entre duas grandes áreas: a macroeconomia e a microeconomia. A primeira se afasta das questões do dia-a-dia e analisa os efeitos econômicos dentro de um contexto, a segunda é mais detalhista e analisa o que é a realidade do consumidor e das empresas. O curso de graduação em economia costuma ter duração de quatro anos e, apesar e ser da área de humanas, não deixa de ter muitas aulas de finanças, cálculo e matemática.
Ligia Nerici, formada pela Insper, Instituto de Ensino e Pesquisa (ex-Ibmec), conta a faculdade era até mais do que ela esperava e a preparou muito bem para o mercado, apesar de só dar valor depois de o curso ter acabado: “A gente aprendia a administrar os projetos, trabalhos e diversos deveres. E principalmente a trabalhar sob pressão. Passávamos sufoco para entregar trabalhos”. A rotina da faculdade também era propositalmente pensada para que os alunos estudassem bastante: “as aulas eram esparramadas entre às 7 da manhã e às 5 da tarde. Muitas vezes eu tinha a primeira aula no primeiro horário da manhã e a seguinte, somente na parte da tarde. Isso estimulava a ficarmos na biblioteca, ou pela faculdade, fazendo trabalhos e estudando mais, inclusive em aulas de monitoria”.
Os recém-formados costumam encontrar um mercado com várias oportunidades e bons salários. Além disso, o mercado é amplo, com diversas opções de atuação. Porém o trabalho exige muita dedicação, segundo Ligia, no dia-a-dia é essencial acordar cedo para ler jornal e todos os e-mails, relatórios, para não começar o dia ainda mais atrasado. "Eu trabalho em área comercial, tenho muitas reuniões com clientes, e quando volto para a mesa, desafogar meu inbox é o mais importante – aí entra o gerenciamento de projetos, que aprendi na faculdade – tenho que ser super seletiva e só ler o que de fato vai me ajudar, responder urgências e sempre trabalhar com uma lista de prioridades”.
Apesar do estresse e da rotina intensa, Ligia ressalta que fazer parte da vida daqueles que trabalham nesse mercado, existe um lado positivo: “o interessante é a dinâmica de que 'amanhã é um novo dia'. Dificilmente durmo mal, o que acontece no escritório, fica no escritório”.

Atualizado em 17 Mai 2012.