Guia da Semana

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Atualmente, o aprendizado de uma segunda língua deixou de ser um diferencial e se tornou uma necessidade para quem quer ingressar e crescer no mercado de trabalho. Por essa razão, nossas crianças estão começando a estudar línguas estrangeiras cada vez mais cedo.

Muitos pais questionam se isso não poderia atrapalhar o desenvolvimento das crianças. E a resposta é não! A aquisição de outra língua não atrapalha em nada o desenvolvimento das crianças. Há estudos, inclusive, que demonstram que crianças falantes de mais de um idioma têm percepção mais aguçada e conseguem fazer relações entre situações diversas mais facilmente do que os falantes de uma só língua.

Isso sem contar que se uma criança aprende uma segunda língua ainda na infância, ela tem grandes chances de dominar essa língua como a mesma facilidade com que domina sua língua materna.

Mas por que isso ocorre?

Até aproximadamente antes da puberdade, o ser humano tem as capacidades auditiva e articulatória muito sensíveis aos estímulos externos. Isto é, ele consegue distinguir diferentes sons e produzi-los com perfeição, o que, no caso de línguas, se reflete em ausência de sotaque e vícios de linguagem, muito comum quando os estudos de língua estrangeira começam na fase adulta, por conta da perda dessas capacidades.

Além disso, aspectos ligados ao cérebro influenciam no aprendizado de línguas estrangeiras. Estudos neurológicos demonstram que os dois lados do cérebro desempenham funções distintas. O lado esquerdo é mais lógico e analítico, enquanto o direito é o lado criativo, mais sensível às emoções e aos estímulos externos. Essa distinção entre os dois lados do cérebro se intensifica a partir da puberdade. Isso quer dizer que, na criança, os dois lados do cérebro estão mais interligados. Isso se reflete na facilidade que as crianças têm de aprender e de desenvolver diversas habilidades, como a musical, a motora e também a linguística.

Por tudo isso, quanto antes as crianças começarem o estudo de línguas estrangeiras, melhor. O importante é apenas fazer com que o aprendizado se dê de maneira natural e lúdica, pois as crianças, em geral, apresentam resistência ao aprendizado formal e artificial em que prevalece o ensino de aspectos gramaticais.

Quem é a colunista: Alessandra Reis.

O que faz? Alessandra é formada em Letras pela Universidade de São Paulo e atualmente elabora o material didático de português pelo Kumon Instituto de Educação.

Pecado gastronômico: Batata.

Melhor lugar do mundo: minha cama.

Fale com ela: [email protected]

Atualizado em 26 Set 2011.