Foto: Getty Images |
Televisão, computadores, games... cedo ou tarde nossos filhos terão essas tecnologias.
Alguns pais, mais radicais, adotam a decisão de, simplesmente, não deixar que a criança seja exposta ao contato com esses aparelhos em casa.
Outros deixam as crianças à vontade, assistindo o que querem e quando querem.
Mas há uma dúvida que sempre fica: É prejudicial? Quais as influências na vida da criança?
Como tudo na vida, o que pode prejudicar é o excesso e a má qualidade da programação, seja da TV, internet ou games.
A carga de informações que a criança recebe é muito grande, e se os pais não estiverem por perto para intervir, conversando sobre o que a criança está vendo e ajudando-a a escolher, podem realmente perder o controle.
A criança assume diante da TV uma postura muito passiva em um momento de sua vida em que movimentar o corpo é essencial para o seu desenvolvimento. Por isso deve haver a preocupação em limitar o tempo de exposição. Isso mesmo, limitar, e não proibir totalmente.
Já vimos casos em que crianças que não têm nenhum contato com essas mídias acabam ficando "perdidas" em seu grupo de amigos quando surgem assuntos ligados à TV. Essa situação pode, também, fazer mal para criança, que poderá se sentir excluída. Não podemos negar que, hoje em dia, a TV faz parte do universo das pessoas.
Vale o bom senso: estar atentos ao que a criança assiste, escolhendo programas educativos que influenciam positivamente a aprendizagem. E o tempo máximo de exposição às programações e games não deve exceder duas horas. Neste momento, é muito importante a firmeza dos pais colocando os limites certos quando a criança insistir em ficar passivamente e por muito tempo à frente da TV.
Dar outras opções interessantes faz parte do papel dos pais como forma de desestímulo aos excessos na TV: levar ao parque, livrarias, brincar com jogos educativos e, até, convidar amiguinhos para brincar em casa. A criança só buscará a TV como "babá eletrônica" se ela estiver entediada, sem nenhuma outra atividade mais atrativa para fazer.
E não subestime a inteligência e a capacidade de análise e síntese de seu filho: se ele assistiu a alguns programas pouco educativos e com algum conteúdo inadequado, dificilmente será totalmente influenciado. O que conta é a educação que vem de casa e da escola. Ele é capaz, sim, de discernir entre o certo e errado. Se ele teve contato com alguma programação ou desenho pouco adequados, que sirva como uma forma lúdica de saber que certas situações existem, sim, na vida real. É o momento de os pais intercederem, aproveitando o assunto para falar sobre a questão, orientando e tirando as dúvidas dos pequenos.
De nada adianta levar a criança a acreditar que o mundo é totalmente "cor de rosa" e que certas situações relacionadas ao bem e ao mal não existem, pois mais tarde, quando ela se deparar com alguma situação mais difícil em sua vida, poderá não saber como agir ou se defender.
Repetindo: tenha bom senso e procure agir com o coração! Apenas o que é demais faz mal!
Pense nisso!
Leias as colunas anteriores de Cláudia Razuk:
Não fala muito
Sexualidade na infância
O momento tão esperado chegou
Quem é a colunista: Cláudia Fernanda Venelli Razuk.
O que faz: Pedagoga e coordenadora do colégio Itatiaia.
Pecado gastronômico: Se é pecado, melhor não comer! Saborear o que eu gosto com prazer e sem culpa, é essencial.
Melhor lugar do Mundo: Minha casa, com meu marido e filhos e em qualquer lugar rodeada dos verdadeiros amigos.
Fale com ela: [email protected]
Atualizado em 6 Set 2011.