Guia da Semana

Por Cássia D´Aquino



Não são poucas as famílias que dão mesada aos filhos. Isso não quer dizer, necessariamente, que os benefícios dessa prática sejam garantidos. Dar mesada por dar, sem data marcada nem quantia estipulada, por exemplo, pode até produzir o efeito contrário do que se espera. Também há quem seja contra. É o caso de Wanderlei, que se agarra à idéia de que a mesada é um dinheiro que se dá aos filhos "de graça", sem que eles façam nada por merecer. Mas será que ele sabe que o propósito da mesada vai além do simples ato de dar dinheiro? Num sentido mais amplo, por meio do valor que recebem periodicamente, os filhos aprendem a ser capazes de organizar um orçamento e a fazer projeções de gastos e poupança.

A mesada serve para colocar rédeas de responsabilidade na quantia que se está dando. Se acabar, acabou. "Melhor sorte no próximo mês, filhão." De quebra, ainda evita o pinga-pinga infinito de dinheiro na mão da prole - o velho hábito de dar "uns trocados" todo dia sem que, ao final, ninguém controle quanto está dando nem como o dinheiro está sendo usado. Além de ser mais barato do que o pinga-pinga, mesada ensina limite. Os trocados dados a qualquer hora estimulam o descontrole.

A mesada funciona exatamente como antibiótico. Se for dada na dose certa, é uma maravilha. Do contrário, só faz estragos. Dar mesada por dar, porque é moda, porque todo mundo está dando (sem se informar e acompanhar), é uma bobagem que muitos pais fazem. Assim, se for inadequada em relação à quantia ou idade, é melhor não dar mesmo.

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Atualizado em 6 Set 2011.