Guia da Semana

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Na minha primeira coluna vou abordar um assunto que sempre me deixou muito intrigada. Separação! Eu sempre sofri muito com separações, sou muito intensa e vivo cada amor como se fosse para sempre. Sofro com a separação dos amigos que vão para outros países, cidades e os amigos do colégio que não vi mais e por assim vai. Nunca fui de namorar muito, mas posso garantir que me relacionei o suficiente para sofrer quando alguém disse tchau. No momento da perda passa de tudo na nossa cabeça. Ficamos inseguros, perdidos, desconfiados e muitas vezes com raiva. No meu caso, não foi diferente. Fiquei decepcionada, com raiva e magoada, mas eu sabia que tudo aquilo não passava de uma fase e uma grande frustração incontrolável quando se está apaixonado.

Passei meses sozinha tentando entender porque tinha acabado. E hoje eu sei o porquê. Às vezes, não há uma razão, as pessoas precisam se separar para poderem saber qual caminho a seguir, pensar se realmente é com aquela pessoa que quer continuar namorando. Na adolescência, muitas questões passam por nossas cabeças, como carreira, vestibular, intercâmbio, trabalhos da faculdade, estágios e também os relacionamentos. Vivemos num mundo louco e cheio de informações, mas penso que não podemos seguir a tal frase "Não tropeça que a fila anda". Temos coração e não uma fila.

Um grande amigo me disse uma vez quando eu estava chorando por ter perdido um amor. "Joy, as pessoas passam por nossas vidas para nos ensinar, nos fazerem feliz e chorar também. Tudo é uma grande fase. Saiba tirar proveito de tudo que essa experiência lhe proporcionou. Dizem que lá pelo 4º, 5º namoro, geralmente, que pode se encontrar o amor que dê certo e que possa virar um casamento". Esse foi um consolo que eu guardei e que hoje eu fico aliviada de saber que todo fim é um novo começo.

O que eu posso dizer é que a pessoa que terminou tem o direito de não querer mais você e da mesma forma você também tem o direito de terminar. O que importa é a felicidade dos dois. Ah, aprendi também que o amor é uma valsa que se dança a dois! Então se um dos dois não quer, a outra parte deve aceitar por mais difícil que seja. Meu conselho é distanciar. Nos primeiros meses não existe amizade com ex. Isso é uma grande hipocrisia. Quanto mais fala e convive com o ex é pior, pois as emoções se misturam e muitas brigas e mágoas podem ser revividas. É claro que vai depender muito de cada pessoa e relacionamento. No meu caso, foi tudo em paz e por incrível que pareça eu converso com ele até hoje, pouco, mas converso. Pode parecer estranho, mas hoje eu sei que o que passou foi uma grande experiência e um amor que ficou no meu passado, que me ajudou a crescer para eu respirar fundo e viver um novo começo.

Sim, eu estou sempre em busca do verdadeiro amor. Dizem que durante a vida podemos amar mais de uma pessoa. Outros afirmam que na vida só há um verdadeiro amor. Não sei, não vivi tudo ainda para fazer um balanço desses e vir aqui argumentar e filosofar. Eu sei que o universo conspira quando é para ser. O que será meu será e o que for pra ser também será. Agora se não é para ser deixa para lá....

Depois do fim, saia com seus amigos, faça uma viagem, vá àquele churrasco de família, viaje, faça um curso, viva a sua vida, sua juventude. O sol e a lua aparecem todo dia para te iluminar e lembrar que a vida é um dia após o outro e que ela é curta demais para que você fique parado e sofrendo. Amar sempre foi um verbo cujo conjugar é uma das maiores artes que o ser humano possa fazer, sentir e receber. Devemos saber viver e amar também para mais tarde não sofrer, já dizia mais ou menos a música de alguém que me consolou. Está amando? Ótimo, mas sempre com o pé atrás. É estranho, mas as pessoas mudam de ideia. Aproveite tudo e se no final das contas não deu certo, respire, pois o mundo dá voltas e o que tiver que ser será. Vamos escolhendo os caminhos enquanto isso.

Quem é a colunista: Joyce Müller. Ama São Paulo. Uma jornalista por formação. Uma escritora por amor. Por esporte escreve crônicas. Gosta de tudo um pouco e adora misturar. Blogueira. Ama o mundo teen, coisas fofas e cuties.

O que faz: Sou Jornalista na área de beleza, saúde, cultura, decoração, teen e o que mais me permitirem falar.

Pecado Gastronômico: Doces ! Quindim e Brigadeiro de panela.

Melhor lugar do mundo: Minha casa e meu jardim. Sou uma Alice no meu país das maravilhas!

Fale com ela: [email protected], a siga também no twitter (@joymuller) ou acesse seu blog.

Atualizado em 6 Set 2011.