Guia da Semana

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Prepare um cronômetro ou relógio antes de seguir lendo este texto. Um, dois, três... Já!

"Observemos as dez operações abaixo:

5 + 6 =
7 + 2 =
4 + 9 =
3 + 8 =
2 + 7 =
6 + 8 =
1 + 9 =
8 + 7 =
9 + 4 =
7 + 5 =

Quem não conseguir resolvê-las em um minuto, seja aluno de Fundamental ou Ensino Médio, deixará de gostar de Matemática!". Assinado: Toru Kumom.

Direto, não é? Há pessoas que se incomodam com afirmações tão diretas quanto esta, mas o professor Toru Kumon, criador do método Kumon, ainda completa: "É irracional dizer que vale mais o raciocínio do que a capacidade de resolver cálculos tão simples".

Cálculo mental é um tema muito importante para a matemática como um todo, além de também ser muito discutido em qualquer parte do planeta. No caso do Brasil, tomando como base os Parâmetros Curriculares Nacionais, que são documentos oficiais que definem o estudo de todas as disciplinas das escolas públicas e privadas, encontra-se:

"Grande parte do cálculo realizado fora da escola é feito a partir de procedimentos mentais. A habilidade esperada no Ensino Fundamental é que o aluno saiba calcular com agilidade, utilizando-se de estratégias pessoais e convencionais, e saiba verificar resultados. A calculadora não substitui o cálculo mental e escrito, já que eles estarão presentes em muitas outras situações. Os procedimentos de cálculo mental constituem a base do cálculo aritmético que se usa no cotidiano".

Um educador suíço de nome Perrenoud traz uma mensagem que, em sua essência, é bem parecida com a de Toru Kumon: "Competência e 'saber-fazer' parecem ser intercambiáveis. Com treinamento intensivo, o conhecimento torna-se uma segunda natureza e se funde ao hábito". Ele considera que o conhecimento é um recurso e diz: "Se os recursos estão presentes, mas não são mobilizados em tempo útil e conscientemente, então, na prática, é como se eles não existissem".

Ambos os pensamentos nos levam ao mesmo caminho de entendimento: o cálculo mental é a base para o aprendizado efetivo da Matemática.

Assim, considerando a ciência matemática pode-se entender que, quando o aluno executa muitos exercícios de cálculos, tanto aritméticos quanto algébricos, é propositalmente estimulado a obter uma maior aprendizagem no menor tempo.

Assim, quanto mais praticar e mais exercícios fizer seu cérebro vai ficar mais rápido e você conseguirá executar, desde as contas mais simples até as mais complexas mentalmente.

Exercite seu cérebro. Isso fará toda a diferença.

Leia as colunas anteriores de Adriana Tomaz:

Números e mais números

É bom tomar conhecimento

É preciso saber desde cedo

Quem é a colunista: Adriana Pinheiro Tomaz.

O que faz: Responsável pela Orientação do Método Kumon.

Pecado gastronômico: comida japonesa.

Melhor lugar do mundo: o Brasil.

Fale com ela: [email protected].

Atualizado em 1 Dez 2011.