Guia da Semana

Foto: Stck.Xchng

Não tem escapatória, pessoal. Chegou aquela época do ano. A época em que todos os professores, pais, tios, tias, amigos da família e até (por que não?) você mesmo, falam sobre vestibular, carreiras e escolhas. Como ex-vestibulanda posso dizer que a ansiedade e o nervosismo revezam entre si a liderança dos sentimentos, sem esquecer, lógico, do desespero. Mas, como atual universitária digo: vale tudo a pena.

Todos os estudos, todas as anotações, tudo que parece ter sido perdido (festas, noites e manhãs) é um ganho. A emoção de ver o seu nome na lista supera tudo isso. Se você não fez nada disso, e agora está começando a se sentir mal por não tê-lo feito; se começou a achar que não passa nem se Jesus (ou Buda, ou Krishna, ou Nietzsche, ou todos eles) descer na Terra e fizer a prova do seu lado: não se desespere, aquilo por mim descrito não é o único rumo para passar.

Cada pessoa é uma: existem aqueles que precisam prestar atenção em cada palavra dita pelo professor para poder entender, existem aquelas que dormem a aula toda e mesmo assim aprendem, existem aquelas que estudam no silêncio, outras que estudam escutando música bem alto (me encaixo nelas, afinal, era meu único momento para escutar música no ano de vestibular, posso dizer que tenho alma nerd). Enfim, o meu ponto é que pessoas diferentes exigem maneiras de estudo diferentes.

Vou contar um pequeno segredo, que aprendi depois de passar na Fuvest (fica tão bonito isso escrito!), o que torna o vestibular mais difícil é a separação entre O vestibular e A prova. O Vestibular é uma instituição, é aquilo que decide o seu futuro e sua carreira, você é ensinado a temê-lo desde a primeira vez que escuta esse nome; já a prova, é apenas um pedaço de papel, um apanhado de perguntas e respostas dispostas em múltipla escolha, um negócio que se faz a qualquer hora e que permite o erro.

Os nomes que damos às coisas mudam completamente nossa visão sobre elas. Muda a nossa forma de encarar o mundo.É uma das afirmações dos que estudam a Semiologia. Filosofias da linguagem a parte, o que quero dizer é que: escolhe-se o desafio a se desbravar.

Você pode fazer uma simples prova, ou pode fazer O temido vestibular. A escolha é sua. E as conseqüências desta também. Se preferir o simples não se sinta covarde, se escolher o temido não se sinta valente. Apenas, escolha e faça, ponto.

E se, mesmo depois da descoberta acima, você ainda achar que não vai passar, e que a prova vai ser um monstro e ter todas aquelas matérias que você não estudou e/ou não sabe; considere-se uma pessoa inteligente, saudável e um tanto paranóica, que no final das contas, o tornam perfeitamente normal.

Quem é a colunista: Camila de Lira.

O que faz: Estudante de Jornalismo.

Pecado gastronômico: Brigadeiro de colher à meia-noite.

Melhor lugar do Brasil: Duas cidades: Santos e São Paulo!

Fale com ela: [email protected]

Atualizado em 6 Set 2011.