Guia da Semana

Fotos: Vinicius Aguiari


Apesar do tom otimista, existe sempre um ar de melancolia por trás das melodias de Natal; mais forte ainda para as crianças que não convivem com seus pais e terminam o ano tal como começaram, em abrigos e orfanatos.

Para estas crianças, simples manifestações de solidariedade podem significar quantidades enormes de alegria e satisfação.

Maria Lúcia Federighi, 63, é uma das pessoas que realizam esta tarefa. Psico-pedagoda aposentada, desenvolve atividades como voluntária há seis anos na ABCD - Associação Beneficente à Criança Desamparada - Nossa Casa. "Me aposentei trabalhando em escola particular e sempre achei que precisava abraçar alguma causa. No inicio, contava histórias, hoje faço acompanhamento e atendimento individual das crianças" relata Maria Lucia, que se dedica a casa três vezes por semana.

Para a pedagoga, o voluntariado é um trabalho gratificante, porém, não deve ser visto como um hobby. "Encaro como um compromisso, uma vez que estamos empenhados no projeto. A casa tem uma programação e as crianças contam com isto", relata a aposentada.

Colaboradores e o período de Natal



Ao todo, 20 crianças entre zero e 18 anos, vivem na ABCD Nosso Casa. Sem ajuda pública, a casa tem todo o seu orçamento custeado por empresas parceiras e pessoas físicas. Dividido em duas unidades no bairro paulista do Sumaré, um dos espaços é destinado a abrigo e o outro ao centro cultural e educacional.

Para a coordenadora da casa, Andréa Oliveira Macedo, 33, existe uma grande expectativa das crianças em relação ao Natal. Como acontece todos os anos, as crianças saem do lar e passam o dia na casa de colaboradores.

A coordenadora Andréa Macedo

"Eles ficam ansiosos para saberem para onde vão, com quem passarão o Natal". Porém, a liberação só é feita à pessoas já conhecidas, que desenvolvem um trabalho com as crianças durante todo o ano e com autorização judicial. Por lei, a guarda das crianças pertence à instituição.

Médicos, fonoaudiólogos e dentistas completam a lista de profissionais liberais que prestam serviços voluntários a casa, que já conta com uma psicóloga contratada. Além dos profissionais liberais, outros voluntários ajudam ainda nas atividades diárias e na organização de eventos.

Para Andréa, que trabalhava antes em um escritório de advocacia, a colaboração é sempre bem vinda, não importa sua forma. "As pessoas geralmente tem receio em doar dinheiro, o que é compreensível. Porém, aceitamos qualquer forma de contribuição. Sempre atualizamos nosso site dizendo do que temos necessidade, como produtos de limpeza, cestas básicas".

Caso você tenha interesse em contribuir com o ABCD Nosso Casa, se tornar um voluntário, ou presentear as crianças neste Natal, entre em contato com a Andréa no telefone (11) 3868 - 1610 As portas da ABCD Nossa Casa estão sempre abertas para a boa vontade.

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Associação Beneficente à Criança Desamparada
Fone: (11) 3868 - 1610
www.abcdnossacasa.org.br

Atualizado em 6 Set 2011.