Guia da Semana



Estamos sempre procurando estar ao lado de alguém. A idéia de completude é, por vezes, uma armadilha para desilusões, mas fato é que ninguém vive sozinho. Alguns preferem um compromisso sério: namoro, noivado, casamento. Mas há aqueles que preferem variar e estar com pessoas diferentes a cada dia, ou até ao mesmo tempo: o popularmente chamado de "ficar".

Diante da imensidão de pessoas que há no mundo, nada mais justo do que conhecer as opções a fundo antes de escolher apenas uma. Quantas vezes não entramos num relacionamento e, depois de alguns meses ou até anos, nos damos conta de nosso (a) namorado (a) não tem nada a ver com a gente? Muitos pensam estar perdendo oportunidades ao se prenderem a apenas uma pessoa e declaram o fim da monogamia, que pode ser apontada como um fator cultural.

Em alguns países, a religião e a legislação prevêem a poligamia (do grego, muitos matrimônios); Na maioria, apenas o homem pode gozar deste privilégio, algo discutível se visto pelos nossos olhos modernos e ocidentais (ou não). Mas a questão do machismo é mais velha do que a minha avó (que só tem 65 anos, na verdade...) e mais polêmico do que a legalização do aborto, então deixa isso pra outra coluna, assim eu posso exaltar o feminismo e ser execrada pelos machões de plantão. No fim das contas, muitos homens e mulheres hoje optam por ter relacionamentos abertos e diversos, e quem pode dizer que estão errados?

Eu sempre preferi namorar, e não consigo me imaginar divida e envolvida emocionalmente entre duas ou mais pessoas, mas entendo e aceito a opinião dos adeptos do "ficar´. Para mim, a relação a dois é suficiente e, por vezes, até mais do que suficiente! Compartilhar tudo e estar sempre junto desgasta e causa atritos. Outro argumento de quem prefere ficar: não se apegar a ninguém e curtir apenas a parte "boa" (leia-se "superficial", sem nenhum tom pejorativo) de estar junto.

Mas e todas aquelas coisas que a gente compartilha com o (a) companheiro (a)? Os carinhos, os segredos, os momentos de cumplicidade, os medos, as conquistas, as brigas e as reconciliações, o tanto que aprendemos com o outro, e todas aquelas baboseiras sentimentalistas que se provam verdadeiras no dia-a-dia? Há quem defenda namorar, noivar e casar, até que a morte (ou o divórcio) separe os pombinhos.

Seja qual for a escolha, o importante é respeitar as condições de cada relacionamento. Se for pra ficar, então tudo é permitido, ou estabelecem-se direções, ainda que implícitas, para que haja um consenso entre os dois. Se for pra namorar, então valem aquelas conhecidas regras, chamadas por muitos de retrógradas, mas fundamentais para o convívio do casal. O importante é ser feliz da forma que o momento nos permite: ficar quando der vontade, namorar quando quiser. Não há resposta pronta, nem certo e errado, apenas aquilo que mais nos agrada e faz bem.

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Quem é o colunista:Fernanda Carpegiani - Uma jovem enérgica que aproveita a vida de uma forma intensa e particular.

O que faz: Jornalista apaixonada.

Pecado gastronômico: Batata Frita.

Melhor lugar do Brasil: Ubatuba - São Paulo.

Fale com ela: [email protected]

Atualizado em 1 Dez 2011.