Você já parou para pensar quantos trilhões de filmes existem no mundo? E os que estão sendo gravados? E os que ainda vão lançar? E você fica tipo ai-meu-deu-quando-na-minha-vida-eu-vou-ver-tudo-isso? Sou só eu que tenho essa nóia? Bom, se você compartilha desse sentimento, na lista abaixo, a gente te ajuda com alguns filmes que achamos imperdíveis e que, provavelmente, você ainda não tenha ouvido falar.
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E você também tem a sua filmografia secreta? Divide com a gente! Clique nas imagens para assistir o trailer.
O filho de Rambow (Garth Jennings, 2007)
Em "Son of Rambow", o diretor de "O Guia do Mochileiro das Galáxias", continua a trabalhar de forma criativa e jovial. Com toques de fantástico, o filme aborda o universo infantil sem deixar de lado aquela temática "para adulto ver". A história começa quando, durante um verão do início dos anos 80, dois garotos totalmente diferentes se juntam para produzir um filme inspirado no personagem Rambo - e juntos começam uma grande aventura.
Pi (Darren Aronofsky, 1998)
Mais conhecido pelos filmes "Cisne Negro", "Réquiem para um Sonho" e "O Lutador", Darren Aronofsky carrega na manga o ótimo "Pi" - filme que marcou a sua estreia como diretor. Gravado em p&b, o scifi traz a história de Max, um gênio da matemática que está prestes a descobrir o número completo do Pi. O longa rendeu a Aronofsky o prêmio de melhor diretor no Festival de Sundance no mesmo ano. E não é para menos. "Pi" compõe o legado do cineasta e, assim como os seus filmes mais mainstream, merece - e deve - ser assistido.
Princesa Mononoke (Hayao Miyazaki, 1997)
Você com certeza já deve ter assistido "A Viagem de Chihiro" ou "Ponyo", os filmes mais conhecidos e aclamados do japonês Hayo Miyazaki. Entretanto, o diretor, que começou a sua carreira nos cinemas nos anos 80, conta com um extenso e imperdível currículo. Lançado em 1997, Princesa Mononoke faz parte dessa lista. No filme, Miyazaki explora a cultura do país e constrói mais uma bela e tocante história.
Paranoid Park (Gus Van Sant, 2007)
Em 2007, o diretor de "Inquietos", "Elefante", "Milk" e "Gênio Indomável", presenteou o cinema indie americano com "Paranoid Park". Com essa instigante história, Gus Van Sant mostrou, mais uma vez, que caminha entre o independente e mainstream sem cair completamente nem em um, nem em outro. Paranoid Park é o nome do paraíso dos skatistas, onde o jovem Alex vive e conhece esse mundo que acaba lhe trazendo mais problemas do que poderia imaginar.
Batalha Real (Kinji Fukasaku, 2000)
Citado por Quentim Tarantino como um de seus filmes preferidos, "Batalha Real" é sangrento, inteligente e trash do jeito que o diretor americano adora. Lançado nos anos 2000, o longa japonês nos transporta para um futuro próximo, onde os alunos de um colégio são confinados em uma misteriosa ilha deserta. Lá, são informados por um ex-professor de que estão participando de um jogo cuja única regra é matar uns aos outros para sobreviver.
Sonhando Mesmo Acordado (Michel Gondry, 2006)
É claro que todo mundo já viu "Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças" ou até o mais recente "A Espuma dos Dias". Mas no extenso e maravilhoso currículo do francês Michel Gondry existem pérolas que não podem deixar de ser lembradas - e "Sonhando Acordado" é uma delas. Estrelado por Gaél Garcia e Charlotte Gainsbourg, o filme nos transporta para o universo onírico e surreal do diretor em mais uma fofíssima história de amor.
Depois de Lúcia (Michel Franco, 2012)
Sem sombras de dúvidas, "Depois de Lúcia" foi um dos maiores destaques do cinema latino em 2012. Exibido em festivais e cineclubes, o filme passou batido por muita gente. Injusto! O iniciante Michel Franco explora os limites do bullying sem cair nos clichês que o tema oferece. A jovem Alejandra é cobaia de humilhações físicas e emocionais, cujas consequências são levadas ao extremo, nos levando a reflexão de um tema que nunca deve cair no esquecimento.
Nada de mau pode acontecer (Katrin Gebbe, 2013)
Parte da 37ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, esse filme alemão chegou tão tímido que quem teve a oportunidade de assistir pode ser considerado um sortudo. O longa questiona de forma assustadora os limites da religião através da história do jovem Tore. Parte de um grupo punk/cristão, ele passa a morar com uma família inicialmente prestativa, mas que aos poucos, entram em um cruel jogo para testar os limites da fé do protagonista.
Tempo de Decisão (Noah Baumbach, 1995)
É claro que você já ouviu falar dele. Em 2013, Noah Baumbach brilhou ao lado de Greta Gerwig com o maravilhoso e imperdível "Frances Ha". E já que você amou o filme, não perca tempo em procurar os trabalhos mais antigos do diretor. "A Lula e a Baleia" e "Margot e o Casamento"? Não! Estamos falando de "Tempo de Decisão", primeiro longa do cara. É a história de um grupo de amigos recém-graduados que se recusam a continuar com suas vidas. Logo, não fazem nada (risos) e discutem sobre isso de forma espirituosa e irônica. Qualquer semelhança com os outros longas do diretor não é pura coincidência. Afinal, Noah Baumbach é um dos mestres a explorar essa juventude indecisa e entediada - e faz isso com muito louvor.
Desassossego - Filme das Maravilhas
(Felipe Bragança e Marina Meliande, 2010)
Por último, deixei para falar desse que é um dos meus filmes favoritos de todos os tempos. E devo dizer que tive a sorte de ser apresentado a essa sensível obra de arte e me sinto honrado em compartilhar isso com vocês - risos. É que os novatos Felipe Bragança e Marina Meliande trabalham ao lado de outras figuras do cinema brasileiro, como o grande Karim Ainouz, para fazer esse filme que é composto por diversos curtas, assinados cada um por um nome diferente. O resultado finaliza a "Trilogia Coração no Fogo" que ainda conta com "A Fuga da Mulher Gorila" e "Alegria (Um Filme de Super Heróis)". Não espere por enredos manjados daqueles com começo/meio/fim. "Desassossego" e a trilogia da qual faz parte é poesia em forma de imagem, daquelas instigantes do começo ao fim.
Por Ricardo Archilha
Atualizado em 6 Abr 2015.