Guia da Semana

A Copa do Mundo está chegando, e nada melhor para saber um pouco mais sobre os países participantes do que conhecer o seu cinema. Por isso, o ObaOba continua a série de matérias indicando um filme para cada país que jogará na Copa. Desta vez, a Ásia.

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Então, se liga nos filmes que selecionamos para o Irã, a Coreia do Sul, o Japão e a Austrália.

IRÃ

A Separação
(dir. Asghar Farhadi, 2011, drama)

Ao provocar uma reflexão profunda acerca a realidade cultural do Irã, Asghar Farhadi conquistou o Oscar em 2011, ano em que levou para casa o prêmio de melhor filme estrangeiro. "A Separação" é o angustiante relato de Simin, que quer deixar o país para dar melhores oportunidades a sua filha. Contrariada pelo marido, eles decidem, então, pela separação. Entretanto, um terrível incidente os levará um destino pelo qual não esperavam. O próximo filme de Farhadi, ainda a ser lançado, é "O Passado", indicado a melhor filme estrangeiro no Globo de Ouro deste ano. É bom ficar de olho!

Close-up
(dir. Abbas Kiarostami, 1990, documentário)

Outro grande representante do cinema iraniano é Abbas Kiarostami, responsável pela coprodução francesa "Cópia Fiel", estrelado por Juliette Benoche, e de grande renome internacional. Entretanto, "Close-up" é uma de suas grandes obras-primas. Transitando entre a ficção e o documentário, o filme é uma "homenagem" a Hossain Sabzian, homem que se fez passar pelo grande diretor iraniano Mohsen Makhmalbaf.

COREIA DO SUL

Oldboy
(Chan-Wook Park, 2003, thriller)

Violento e extremamente autoral, talvez essas sejam as melhores palavras para descrever o cinema coreano, que tem em Chan-Wook Park um dos seus grandes expoentes. A Trilogia da Vingança ("Oldboy", "Lady Vingança" e "Mr. Vingança) é um dos seus maiores e melhores trabalhos. Antes de assistir a uma partida da Coreia do Sul, não deixe de conferir esses clássicos.

Poesia
(dir. Chang-dong Lee, 2010, drama)

Para representar o lado mais artístico e poético do cinema do país, Chang-dong Lee dá conta muito bem do recado. Com só 5 filmes no currículo, ele já coleciona um mar de indicações em importantes festivais internacionais - como a menção especial em Cannes, com "Poesia", em 2010. É a belíssima história de uma senhora que, nos primeiros estágios do Alzheimer, encontra força e inspiração em aulas de poesia.

JAPÃO

A Viagem De Chihiro
(Hayao Miyazaki, 2001, aventura)

Miyazaki talvez seja um dos nomes mais lembrados e conhecidos do cinema japonês - não que seja melhor ou mais importante. É que seus filmes, muitas vezes, sobrepõem as animações americanas, como foi o caso de "A Viagem de Chiriro", vencedor do Oscar em 2003, filme que também levou para casa outros prêmios importantes como, o Urso de Ouro em Berlim de 2002. Não é para menos, quem nunca se emocionou e morreu de amores pela história, que atire a primeira pedra!

Era Uma Vez em Tóquio
(dir. Yasujiro Ozu, 1953, drama)

Para lembrar o lado mais clássico do cinema japonês, escolhemos o renomadíssimo Yasujiro Ozu, cineasta que traz como ninguém a cultura do país. Mais do que uma obra-prima, "Era Uma Vez em Tóquio" é um tratado sobre as consequências do envelhecimento e hipocrisia acerca da tradição familiar.

AUSTRÁLIA

Moulin Rouge
(Baz Luhrmann, 2001, musical)

Pouco difundido, o cinema australiano tem em Baz Luhrmann um de seus maiores expoentes. É que o diretor é responsável por grandes blockbusters, como "Mouling Rouge", "O Grande Gatsby" e "Austrália", levando assim o nome do país para circuito do cinema mundial.

Por Ricardo Archilha

Atualizado em 20 Mai 2014.