Batora: Lost Haven é um RPG de ação isométrico, no estilo consagrado por títulos como Diablo, desenvolvido pela Stormind Games e distribuído pela Team17. Ambientado em uma versão pós-apocalíptica da Terra, e em outro mundo paralelo, o jogo nos coloca no controle de Avril, uma sobrevivente que descobre ter poderes inimagináveis e capazes de fazer com que nosso grande globo azul se torne (menos) terrível do que se encontra naquele momento.
Agora, vou falar um pouco das primeiras impressões que tive ao jogar uma versão de testes cedida, gentilmente, pela desenvolvedora, em mais um preview do Pizza Fria!
Não é a Avril que estávamos pensando
Hola mi gente, cá estamos nós em mais um belo dia nesta ópera que chamamos de vida? Ou será noite? Faz tanto tempo que não abro as cortinas, sinto que estou completamente perdido no espaço e no tempo. Diria, quase, que em outro mundo. Parando para pensar, é quase a mesma coisa pela qual passou nossa protagonista do jogo deste papo: Batora: Lost Haven.
Diferente de mim, que me encontro no plano espiritual devido à falta de exposição solar e quantidades copiosas de balinhas azedas, nossa chegada Avril se vê transportada para um mundo diferente, no qual ela descobre ter poderes e ter o potencial de fazer com que a Terra em que vivemos, dizimada em sua realidade, volte a ser um lugar mágico de alegria, amor e unicórnios. Clássico.
Hoje farei um pouco diferente do normal, visto que esse é um papo apenas para apresentar minhas primeiras impressões. Por isso, felizmente, não terei que me preocupar com tamanhos específicos, tópicos ou uma forma de expressar em números um conceito abstrato como gosto ou aproveitamento com o título. Glória ao Pai. Bom, resta dizer que a trama deu um gancho interessante para seguir, e acho que vale a pena ser acompanhada tanto agora quanto no produto final.
Agora, falemos um pouco sobre como funciona o jogo. Batora: Lost Haven, como falei acima, é um RPG de ação isométrico. Pensem em Diablo, por exemplo. Vemos nossos personagens por cima, meio angulado, subimos de nível, conseguimos novas habilidades, e por aí vai. O grande diferencial, aqui, é podermos alterar em duas formas que concedem habilidades diferentes para nossa heroína.
A forma física, por exemplo, permite que usemos uma espada desnecessariamente grande para dar solavancos em nossos inimigos. A forma mental, por sua vez, fornece aquele apoio emocional para que possamos atirar raios laser (ou algo parecido) capazes de explodir, vigorosamente, nossa oposição. Cada forma tem poderes específicos associados, e podem ser alternadas rapidamente com o toque de um botão.
Achei esse arranjo ótimo, e ajuda para que a ação seja frenética e rápida. Precisamos trocar nossos meios de ataque constantemente, já que cada inimigo possui uma fraqueza específica. Além disso, atributos diferentes concedem benefícios e estilos de jogos muito particulares à cada uma dela. Um ponto negativo que senti é que precisamos metralhar o botão esquerdo do mouse para atacar, o que gera certo desconforto. Podemos segurar o botão, mas isso faz com que um ataque direcional seja utilizado.
Sons e Visuais
Vamos lá, caros leitores. Tenham em mente que Batora: Lost Haven está em desenvolvimento, portanto muito do que falarei aqui não será 100% válido quando o produto final estiver em nossas belas, e bem tratadas, mãos. Eu gostei do estilo visual, salvo uma ou outra textura ainda fora do lugar. Os cenários são coloridos, as personagens tem um estilo caricato bem legal e tudo casa muito bem. Me senti vendo um desenho animado, de certa forma, e realmente dá uma cara única ao jogo.
Os sons também são competentes, ainda que tenha achado a dublagem inglesa um pouco estranha em alguns momentos. Mas, acredito, ser mais devido aos textos e falas dos personagens do que a performance dos atores, em si. Fora isso, encontrei alguns bugs sonoros pesados, como um som agudo em uma das vilas que visitamos. Novamente, creio ser algo que não estará presente nas versões finais.
O que esperar de Batora: Lost Haven?
Me sinto cada vez mais estranho, leitora. Vejo números na minha frente mas não posso usá-los. Que horror! Oras pois, falemos em termos abstratos do mundo dos sonhos então. Batora: Lost Haven me agradou bastante, por todo o tempo em que joguei e testei, e admito estar intrigado e interessado com o que teremos no lançamento do jogo completo.
Também tive visões de Hades, o que me deixou feliz. Nada como ser lembrado de um momento feliz em nossas vidas para sentir o acalento necessário para seguir com nosso dia. E vejam, não digo que Batora: Lost Haven copiou nosso querido Zagreus. Pelo contrário, inclusive, pois remeteu por sua qualidade. Ainda que bugs existam na build testado, não são suficientes para me dissuadir de querer fazer uma análise caprichada do produto completo para vocês, corações.
Ao fim e ao cabo, enxerguei um bom potencial em Batora: Lost Haven. A jogabilidade é divertida e variada, por conta das habilidades e formas que a personagem pode assumir, temos uma história interessante, missões principais e secundárias, mapas para explorar, runas para equipar, e todas as outras coisas que entram na receita de um bom RPG de ação. Fiquem ligados para o momento glorioso em que teremos nossa análise oficial aqui do Pizza Fria, e coloquem Batora: Lost Haven em seus radares. Valerá a pena, podem confiar.
Batora: Lost Haven será lançado ainda em 2022 para PC, via Steam, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X|S e Nintendo Switch.
*Preview elaborada em um PC equipado com uma GeForce GTX, com código fornecido pela Team17.
Pizza Fria
Reviews, notícias e tudo sobre o mundo dos gamesPor Matheus Jenevain, Pizza Fria
Atualizado em 9 Ago 2022.