A franquia Call of Duty certamente é a mais consagrada do gênero FPS nos últimos anos. Se analisarmos o sucesso de vendas dos títulos nos últimos anos, percebemos como jogadores e jogadoras de todo o mundo se encantam com as diferentes histórias apresentadas. Além disso, os modos multiplayer são conhecidos por ter jogadores fiéis e Call of Duty: Warzone é o melhor exemplo disso, batendo números absurdos de jogadores ativos. E Call of Duty: Modern Warfare II chega para dar continuidade ao legado da franquia, apresentando uma nova campanha que dá sequência ao título de 2019.
Nesta review, abordaremos todos os aspectos da campanha (sem spoilers!) e os modos multiplayer do game, contando com o tão aguardado Call of Duty: Warzone 2.0, que promete trazer uma série de novidades. Sem mais enrolação, vamos para a ação!
Bem-vindo de volta à Força-Tarefa 141!
Sem dar spoilers, Call of Duty: Modern Warfare II nos coloca de volta na Força-Tarefa 141, com personagens já conhecidos da franquia. Ou seja, durante a campanha, você verá rostos conhecidos como Ghost, John “Soap” MacTavish e o capitão John Price. Porém, com o decorrer da narrativa, somos apresentados a outros personagens igualmente icônicos, que acrescentam bastante na história da campanha. Aliás, ao falarmos da campanha de Call of Duty: Modern Warfare II, vale ressaltar que ela segue bem aquele padrão das anteriores, contando com um roteiro simples, de cerca de 7-8 horas, dependendo da dificuldade escolhida e a habilidade do jogador.
Particularmente, até prefiro que a campanha seja mais curta, sendo uma boa maneira de conhecer os armamentos do jogo, além de ser uma excelente forma de aprender a sobreviver sob fogo constante. E a campanha de Modern Warfare II nos coloca no meio da ação praticamente em todo o seu andamento. Porém, uma coisa que julgo muito interessante desta edição é a variedade na jogabilidade da campanha. Em um dado momento, por exemplo, controlamos os armamentos de um helicóptero, algo que nem é novidade na franquia, mas que ficou bacana. Em outro, guiamos Ghost para agir de forma sorrateira, tudo através das câmeras de segurança da base. Há mais coisas nesse quesito, mas me furtarei a falar apenas sobre essas.
Concluindo a questão da narrativa de Call of Duty: Modern Warfare II, a coisa segue aquele mesmo roteiro padrão dos filmes de ação estadunidenses: explosões imensas, ação constante nos momentos de conflito, missões stealth em que o jogador pode simplesmente largar mão do silencia e virar um Rambo da vida, traições, trapaças, caos e… russos, latinos e povos “fictícios” do Oriente Médio sempre envolvidos com confusão, também como aliados, mas muito mais como vilões. Ou seja, pra fãs de jogos de ação, a campanha segue apresentando um conteúdo bom. Contudo, ressalto que precisamos ter um olhar crítico ao que nos é apresentado.
A jogabilidade no meio da ação
Continuando a falar do aspecto jogabilidade, no geral, Call of Duty: Modern Warfare II segue o que já vinha sendo mostrado na franquia. E isso não é ruim. Aliás, na minha humilde opinião, reforçando o que disse logo no início desta review, Call of Duty é um dos melhores FPS dos últimos tempos, e sua jogabilidade é parte fundamental disso. Tanto na campanha, quanto nos modos multiplayer, o jogo apresenta um menu simples e os comandos tradicionais de jogos do gênero. A movimentação dos personagens é fluida e tudo é muito fácil e bem explicado. Ou seja, novatos e velhos de guerra conseguirão lidar bem com os comandos e a jogabilidade em si. Busque cobertura, mire e atire sem parar!
No entanto, vale ressaltar alguns probleminhas que tive. Em alguns momentos pontuais encontrei um ou outro bug, mas nada que um retorno ao último ponto de salvamento resolvesse. Em dois momentos, precisava ativar um botão para abrir uma cela ou fazer outra ação qualquer e, simplesmente, os comandos não iam, me obrigando a regressar. Outra questão que me incomodou um pouco foi que, durante as missões “aquáticas”, eu tive certa dificuldade em conseguir subir nas superfícies. É algo besta, mas pode ser crucial na hora da ação. Por fim, ao longo do tempo de jogo, Call of Duty: Modern Warfare II apresentou alguns crashes, fechando o jogo abruptamente.
No geral, Call of Duty: Modern Warfare II segue a fórmula de sucesso das edições anteriores, com uma jogabilidade simples, mas um pouco mais variada na campanha. Não há nada de muito inovador ou diferente do título de 2019 ou até mesmo dos que vieram depois, mas isso nem é um problema. O que nós queremos mesmo é ação! Porém, esses pequenos bugs e crashes podem dar uma “freada” na emoção dos jogadores e jogadoras. Mas… faz parte. E é bem capaz de que isso seja corrigido em breve. Seria estranho se um lançamento em pleno 2022 não tivesse nenhum problema, não é mesmo!?
Os modos multiplayer de Call of Duty: Modern Warfare II
Com o lançamento final de Call of Duty: Modern Warfare II, finalmente fomos brindados com os modos multiplayer, além do tão esperado Warzone 2.0, que daria continuidade ao sucesso do primeiro título. No entanto, vamos falar primeiro dos modos multijogador do jogo base. Call of Duty: Modern Warfare II segue com os mais variados modos já presentes nas versões anteriores, o que é muito bom mas, ao mesmo tempo, extremamente desafiador. Eu particularmente acho modos como Shoothouse um verdadeiro caos, sobretudo se compararmos com o battle royale de Warzone. Contudo, esses modos padrão do game são excelentes para ganhar experiência e upar armas.
Aliás, é tudo questão de hábito. Em alguns dias jogando os modos multijogador mais “agitados”, logo estamos habituados a morrer e a renascer por diversas vezes, matando e morrendo, conseguindo liberar não só vários apetrechos para as armas a longo prazo, mas também séries de baixas como VANTs, ataques aéreos e muito mais. Tudo isso está liberado em mais de 10 modos de jogos que abarcam o tradicional 6 contra 6, ou os modos de Guerra Terrestre, que colocam dois times de até 32 jogadores para brigar. Esses modos dão uma sobrevida bem bacana ao jogo e, se jogados com outros amigos, a diversão é garantida!
E ainda há a possibilidade de se jogar em modos em terceira pessoa, que mudam toda a dinâmica do multiplayer. Nisso, somos apresentado a uma perspectiva totalmente nova na franquia, que chega a até ser estranha aos olhos de caras como eu, que jogam desde o primeiro título da franquia, lá em 2003. Porém, é um grande acréscimo e pode atrair jogadores de outros jogos que contam com a mesma premissa. Eu não me adaptei muito, mas isso é muito questão de gosto…
A jogabilidade alucinante – e até assustador em alguns momentos, sobretudo pra quem está acostumado com a campanha – aumenta nossas habilidades, diverte, desafia… mas também deixa a gente maluco com tanta coisa acontecendo, sobretudo quando morremos justamente ao renascer no mapa. Mas é isso aí. O mais puro suco de caos, que remete clássicos deathmatch. Mas claro, com as devidas proporções, gráficos e física atuais, que pautam em um “meio termo” (pra ser bem generoso, bem generoso meeeeesmo), com a realidade de um campo de batalha.
O tão aguardado Warzone 2.0
E com o lançamento de Call of Duty: Modern Warfare II, fomos apresentados ao reformulado Warzone 2.0, que segue a premissa do modo original, mas com aprimoramentos gráficos, na gameplay e trazendo o modo DMZ, totalmente novo e bem interessante, mesclando missões, NPCs muito bem equipados por todo mapa e alguns jogadores. Tudo no novo mapa, que também está presente no modo battle royale, velho conhecido dos fãs de Warzone. No DMZ, podemos treinar táticas e também conhecer o novo mapa, além de dominar as novidades e armas apresentadas, mas sem passar perrengue contra tantos jogadores humanos. No entanto, eles aparecem quando você menos espera…
No geral, o DMZ é um modo que tem um tempo maior, sobretudo por lutarmos contra menos jogadores em um mapa bem maior e, ao mesmo tempo, lidar com jogadores controlados pela IA, que são mais “tranquilos” e previsíveis. Contudo, vale deixar claro que a máquina é extremamente bem equipada, sobretudo nas regiões em que fazemos missões para liberar armamentos e outros apetrechos. De fato, é menos desafiador que jogar contra outros humanos, mas ainda tem seu nível de dificuldade. Portanto, não vá pensando que vai ser molezinha.
E bem, o modo battle royale segue a excelência do eterno Warzone, jogo que embalou muitas noites de diversos jogadores durante o período da pandemia, se tornando um sucesso mundial. Apresentando também modos em terceira pessoa, mas mantendo os estilos tradicionais, Warzone 2.0 aprimora o que já existia, não mexendo tão bruscamente na jogabilidade.
Nesse ponto, seguimos tendo problemas terríveis como quedas, crashes e jogabilidade travada, sendo esses erros extremamente frustrantes aos jogadores. Aliás, jogar Warzone 2.0 e ser “derrubado” do servidor por um erro qualquer, sobretudo ao estar indo muito bem em uma partida é um verdadeiro anticlímax (isso acabou de acontecer comigo). Portanto, não há como dar uma nota tão boa neste modo. Há muito a ser aprimorado, muuuito mesmo. Todavia, é fato que foi uma das mais bem-sucedidas criações da indústria dos jogos nos últimos tempos, sendo um sucesso mundial. Justamente por isso não deveria ter tantos problemas. Ai, ai…
Vale a pena comprar Call of Duty: Modern Warfare II?
Embora eu seja muito crítico a aspectos narrativos de boa parte da franquia Call of Duty, Modern Warfare II apresenta um conteúdo de campanha consistente e desafiador, nos colocando na pele de diferentes operadores e nas mais variadas situações. A jogabilidade e até mesmo os gráficos seguem o padrão observado nos últimos títulos, sendo ambos aspectos muito bons. Outro ponto legal de Call of Duty: Modern Warfare II é que a campanha segue sendo dublada em português. Porém, me incomoda um bocado quando cismam em colocar estrangeirismos como frases em “portunhol”, que acabam soando de forma meio tosca. Contudo, no geral, o trabalho é muito bem feito.
A ideia de comprar Call of Duty: Modern Warfare II é boa, embora os jogos atualmente estejam muito caros. Mas, se pensarmos que a franquia é muito forte nos modos multijogador, e boa parte dos jogadores prezam por isso, percebemos que vale um pouco mais a pena gastar. Agora, se você for comprar o jogo apenas pela campanha, já acho que o preço pega um pouco mais, sobretudo por oferecer apenas 8 horas de ação.
Portanto, se você é fã da franquia, Call of Duty: Modern Warfare II é um jogo que vale a pena ser jogado, entregando boas horas de ação, apresentando excelentes gráficos e dublagem em português e a velha e boa jogabilidade de sempre. Isso sem contar os modos multijogador, que chegarão posteriormente, juntamente do Warzone 2.0. Ou seja, há muito conteúdo a ser explorado e partidas a serem jogadas, sendo o título uma boa aquisição para os fãs de FPS online e offline.
Call of Duty: Modern Warfare II já está disponível em pré-venda exclusivamente em lojas digitais no Brasil. O lançamento está marcado para o dia 28 de outubro de 2022 para PlayStation 5, PlayStation 4, XboxSeries X|S, Xbox One, e PC na Battle.net e Steam.
*Review elaborado em um PC equipado com uma Geforce RTX, com código fornecido pela Activision.
Pizza Fria
Reviews, notícias e tudo sobre o mundo dos gamesPor Álvaro Saluan, Pizza Fria
Atualizado em 23 Nov 2022.