Explorer of Yggdrasil é um RPG indie desenvolvido pela Black Train, e publicado pela Kagura Games. Contando a história da exploradora Mei, o jogo te coloca para explorar uma torre em busca de armas e respostas sobre o passado da protagonista. Será que esse é mais um que vai entrar para sua lista? Vejamos agora, nessa análise do Pizza Fria!
A torre das armas
A história de Explorer of Yggdrasil começa quando uma torre, conhecida como Tower of God, cai em uma floresta. Por motivos desconhecidos, ela começa a atrair várias armas e equipamentos diferentes para seus andares, de vários lugares do mundo. Ninguém sabe o porque disso acontecer, nem qual o poder por trás desse fato.
A jornada começa quando a protagonista Mei, uma exploradora, encontra um homem sem braços desacordado sendo atacado por guardas. Ela interfere, mas por ser inexperiente em combates acaba sendo derrotada e atirada para fora da torre junto com o homem que tentou proteger. Que gafe!
Seu nome é Gilles, um mago que, aparentemente, sabe mais da torre do que deixa transparecer. Ele decide se unir a Mei, a ajudando a entrar novamente na torre e a ensinando sobre combate. A protagonista perdeu a memória e acordou em um de seus andares, e volta com o objetivo de tentar descobrir sobre seu passado e por qual motivo chegou até ali.
A história de Explorer of Yggdrasil não é muito longa e os personagens não são desenvolvidos, mas dado o escopo menor do título já era algo de se esperar. Vale notar que o jogo tem uma temática adulta, e foi lançado com censura na Steam, mantendo apenas o desenvolvimento da trama e o conteúdo que não envolvia imagens e cenas explícitas. A análise foi feita com base nessa versão disponível, e não reflete outras.
De qualquer modo, as coisas são direto ao ponto e tudo é bem simplificado. A história serve mais como uma justificativa para a jogabilidade ser encaminhada do que pela narrativa em si, na verdade. De qualquer modo, está dentro da temática de fantasia que sempre vemos. Com uma leve influência steampunk.
A jogabilidade de Explorer of Yggdrasil gira em torno da exploração de andares da torre, em busca de equipamentos que são derrubados por inimigos e encontrados em baús. A variedade é grande, o que casa bem com a premissa da torre sem uma força que atrai armas para dentro de si. O jogador pode equipar armas leves, médias e rápidas. Cada uma com diferentes atributos e habilidades passivas.
O combate de Explorer of Yggdrasil se dá por turnos, com uma barra que enche representando o tempo que Mei e o inimigo tem até poderem agir. Há apenas a opção de fugir, usar uma habilidade de cura e bater. Um pequeno minigame, no qual devemos apertar as setas do teclado quando aparece o comando na tela, ajudam a dar um ritmo maior aos embates. Nada de incrível, mas é uma boa variação. A simplicidade é interessante pois deixa os embates rápidos e dinâmicos. As lutas acabam rápido, e isso aumenta a velocidade com que exploramos os diferentes andares.
Mei tem acesso a diversas classes, focadas diferentes atributos como força e agilidade. Cada uma delas influencia como seus pontos são distribuídos conforme ela ganha níveis, e concedem bônus específicos ao se usar armas que são alinhadas com seu estilo em particular. Por exemplo, a classe explorer é balanceada, e pode usar todas as armas com igual proficiência. Já a scout é boa com adagas, e tem um aumento maior em agilidade e dano.
Grande parte do apelo, aqui, vem dos equipamentos. Nesse aspecto Explorer of Yggdrasil se comporta quase como um looter, com uma penca de armas e escudos caindo a todo o momento. Muita variedade, mas poucas que compensem equipar. A maioria acaba sendo vendida em troca de ouro, que pode ser utilizado para comprar itens consumíveis.
Sons e visuais em Explorer of Yggdrasil
O jogo tem um visual bem clássico, com sprites e cenários coloridos e de cores vibrantes. Os personagens são bem feitos, com animações e frames para todas as ações que a personagem executa. Por exemplo, armas que acertam mais de uma vez contam com uma pose para cada golpe. É um detalhe legal, que nem sempre se vê em títulos assim. Além disso, a personagem muda no mapa de acordo com a classe que está equipada.
De resto, é tudo bem genérico para um jogo de fantasia. Temos uma pequena variação de inimigos, com os orcs de sempre, guardas, lagartos e chefes que se encontram em determinados intervalos entre os andares. Cada um destes possui uma temática própria, que vai desde descampados até florestas, cavernas e ambientes mais industriais. São legais e variam os cenários, evitando a repetição constante.
A trilha sonora de Explorer of Yggdrasil é agradável, com músicas animadas com batidas boas de ouvir. Também são bem simples, mas pontuam bem a exploração e não incomodam aos ouvidos. Algumas são mais rápidas e com mais ritmo, acompanhando o tema visual do andar em que estamos. Elas tem um pequeno problema de loop, sendo fácil percebem quando a trilha acaba e começa do ciclo de repetição. Nada demais, mas digno de nota.
Vale a pena comprar Explorer of Yggdrasil?
Então, qual a opinião final de Explorer of Yggdrasil? Bom, depende do que se procura. Como a versão que joguei e avaliei foi a disponível para compra na Steam, qualquer apelo adicional de cenas e conteúdos adultos não foi considerado. O foco da análise foi, então, a jogabilidade e os aspectos visuais e sonoros.
Nesse campo, pode-se dizer que o jogo entrega em partes. O loop da jogabilidade é bem simples, consistindo basicamente em andar por andares, lutar contra inimigos e ler as conversas e diálogos entre os personagens. O texto é todo em inglês, e possui alguns problemas nas traduções e exibições de certos caracteres. É algo que aconteceu com certa frequência, mas no geral é tudo compreensível. E não conta com tradução em português.
Em suma, Explorer of Yggdrasil é um RPG indie bem arroz com feijão, não fazendo nada além do que se vê normalmente em títulos desse porte. Ele é relativamente pequeno, e pode ser terminado com rapidez. Se estiver procurando um passatempo por algumas horas é válido, mas não é um jogo que vá te prender por muito tempo.
*Review elaborada em um PC equipado com AMD RX, com código fornecido pela Kagura Games.
Pizza Fria
Reviews, notícias e tudo sobre o mundo dos gamesPor Matheus Jenevain, Pizza Fria
Atualizado em 24 Mai 2021.