Guia da Semana

Far Cry 6 é o primeiro título com o novo selo A Ubisoft Original, criado pela publisher francesa para destacar suas novas histórias. Desenvolvido internamente pela companhia, o jogo nos leva para o meio de uma revolução, nos dias atuais, em um país fictício chamado de Yara, no Mar do Caribe. A paradisíaca ilha teve seu desenvolvimento atrasado por conta de várias decisões políticas que o fizeram parar no tempo. Qualquer semelhança, claro, é mera coincidência.

Mas, muito além da narrativa, Far Cry 6 chega para ser uma mudança de paradigma na franquia. E as explicações eu trago para vocês agora, em mais uma review antecipada do Pizza Fria!

“Quando a tirania é lei, a revolução é ordem”

A primeira grande mudança que vemos em Far Cry 6 em relação aos demais títulos da franquia é que nosso(a) protagonista, finalmente, ganha um destaque maior na narrativa. Aqui controlamos Dani Rojas, que pode ser tanto um homem, quanto uma mulher. Dani é orfã(o) e, ao que tudo indica no jogo, teve uma vida difícil até chegar os acontecimentos que iniciam a história do game. E, como nada que é ruim não possa piorar, nossa protagonista se vê no meio de uma revolução para derrubar do poder Antón Castillo, o El Presidente, que governa o local. Castillo, como é de conhecimento público, é interpretado pelo astro da televisão Giancarlo Esposito (Breaking Bad, The Boys, The Mandalorian) .

No começo do texto eu falei em mudança de paradigma para a franquia por uma razão em específica: se nos outros jogos da saga o foco era muito maior nas histórias envolvendo os vilões, que falavam alucinadamente em nossos rádios/telefones em nossos ouvidos, Far Cry 6 traz uma proposta diferente. O foco da história é Dani Rojas e seu envolvimento com a revolução.

Far Cry 6
A versão feminina de Dani Rojas em Far Cry 6 (Imagem: Divulgação)

Ao longo desse caminho, Dani vai encontrar muitos aliados, que são fundamentais no rumo que a narrativa nos traz. Clara García, a líder da Libertad, por exemplo, é apenas uma revolucionária com boas intenções ou algo a mais? Qual será o destino de Juan Cortez, um homem que sobreviveu a tantas revoluções pelo mundo a fora, e que promete te ensinar tudo sobre guerrilha?

Além disso, como o próprio material de divulgação do jogo nos mostrou, há um outro personagem importante nos rumos da história: Diego Castillo, filho de Antón, e possível sucessor de El Presidente. Fica claro, logo no começo do game, que há algo por trás da presença constante de Diego em vários pontos da narrativa, e que ele vai representar um papel fundamental para o game.

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Giancarlo Esposito é o El Presidente Antón Castillo, vilão de Far Cry 6 (Imagem: Divulgação)

“Sempre use a ferramenta certa, pro serviço certo”

Far Cry 6 segue à fórmula da franquia, em especial aquela adotada em Far Cry 5. Estamos em um enorme mapa aberto, e devemos recuperar regiões dos “tenentes” de Antón, ocupando-as com as forças revolucionárias. Não há muito segredo aqui, e nenhuma novidade para quem já acompanha a saga. Há pontos de controle e bases de comando de militar para serem tomados, tesouros para serem encontrados, recursos para serem roubados, canhões antiaéreos para serem destruídos, missões secundárias para serem cumpridas e, claro, abrigos e acampamentos para serem descobertos. Cumpra as missões de história de cada região, capture os alvos militares, e essa região “será sua”.

Dito isso, Far Cry 6 nos joga muitas possibilidades e variedades para cumprimos nossos objetivos. Podemos ir na surdina, ou ligar o modo Rambo e explodir tudo com armas incríveis que estão disponíveis para serem usadas. A minha favorita é o Supremo, um “especial” que surgiu no novo game. Ao pressionar L1 + R1, Dani ativa a arma, que é personalizável e pode ter o efeito que você quiser, causando grande dano aos adversários. E a nossa querida arma tem um quê especial, pois ela tem “sentimentos”, e recarrega a medida que você elimina mais soldados.

Far Cry 6
“Resolver” é um curioso conceito explicado em Far Cry 6 (Imagem: Divulgação)

O jogo também traz uma enorme variedade de veículos, sejam eles terrestres, marítimos ou aéreos, que são fundamentais para locomoção em Yara. No Arsenal, os jogadores podem moldar Dani como desejarem, desde que tenham materiais suficientes para construir armas e acessórios, ou os encontrem pelo mapa. Os equipamentos, inclusive, são usados como buffers, para diminuir efeitos de envenenamento, fogo e até correr mais rápido.

Além disso, os parças estão de volta, e temos opções para todos os gostos. Nosso parça inicial – e meu favorito – é o Guapo, um crocodilo que ataca soldados de Castillo, e que ainda adquire habilidades de se auto regenerar durante os combates. Já o já famoso Chorizo, o doguinho mais estiloso dos games em 2021, além de ser um poço de fofura, é bastante útil para distrair inimigos com seu charme.

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Por Lucas Soares, Pizza Fria

Atualizado em 6 Out 2021.