Em 2020, a Sony e o Santa Monica Studio anunciaram uma sequência direta de God of War, eleito jogo do ano em 2018. O título, que foi originalmente apresentado em setembro de 2021, ganhou o nome de God of War: Ragnarök e prometia continuar a saga de Kratos e Atreus na mitologa nórdica. Mais um ano se passou, o lançamento está bem próximo e o Pizza Fria já está jogando, cortesia da PlayStation Brasil.
Neste texto, falarei sobre minhas primeiras impressões e as primeiras horas de gameplay. Como ainda estamos sob embargo, não revelarei nenhum detalhe importante sobre a narrativa do jogo, mas sim, buscarei me focar mais em elementos de gameplay, gráficos e sons, mas ainda limitado à um trecho específico. Todas as imagens deste texto são fornecidas pela Sony para todos os jornalistas e criadores de conteúdo que tiveram acesso antecipado ao game, e por isso, só elas podem ser usadas no texto abaixo. Vem comigo em mais um preview do Pizza Fria!
Uma sequência direta?
Uma das muitas dúvidas que foram levantadas por fãs do jogo nos últimos tempos era se God of War: Ragnarok era uma sequência direta do jogo anterior. E a resposta para esta pergunta é… não! O game começa com um salto temporal, e Atreus, como é mostrado nos trailers, não é mais uma criança. Agora adolescente, ele e Kratos ainda vivem em Midgard, na mesma casa do primeiro game, quando o jogo começa.
As primeiras cenas são, em parte, uma contextualização do que ocorreu entre o fim do jogo anterior e o começo deste. Não é explicado quanto tempo se passou, mas pai e filho ainda vivem isolados. Enquanto Kratos imagina que ambos devem treinar para enfrentar as consequências do que aconteceu no fim do game anterior, mas Atreus tem outros planos.
Após uma animada, misteriosa e empolgante sequência de acontecimentos, com a ajuda dos irmãos Sindri e Brok, ambos descobrem que é possível voltar a viajar entre os reinos e assim partem para Svartalfheim, onde supostamente está Týr, deus da guerra e da justiça na mitologia nórdica. É sobre este trecho que poderemos dar mais detalhes sobre o gameplay, gráficos e sons.
Uma grande evolução
God of War: Ragnarök foi acusado, injustamente é verdade, de ser uma “DLC” do jogo anterior, por apresentar mecânicas de gameplay e gráficos bem semelhantes nos trailers exibidos no período de divulgação. E agora, com o jogo em mãos, posso garantir que isso não passa de papinho pra ganhar clique na internet.
Isso porque, até o trecho explorado, já dá para ver uma evolução notável na parte visual. Muito embora o game lembre o seu antecessor, que já oferecia algo muito bonito, God of War: Ragnarök é ainda mais. O Fimbulwinter que assola Midgard mostra tem uma aparência completamente diferente de Svartalfheim, a terra dos anões, que é muito mais vívida e natural. Mais do que isso, são os detalhes que contam as diferenças de cada uma.
Navegar em Svartalfheim lembra muito o Lago dos Nove do game de 2018, tanto em tamanho, quanto em quantidade de atividades para fazer. Enquanto exploramos, Mimir tem sempre uma história interessante para compartilhar. E acompanhado das águas transparentes, que ressaltam muito a beleza do lugar. E os jogadores que gostam de explorar podem esperar, além das missões de história, missões secundárias para fazer, bem como muitas possibilidades de exploração. Há diversas piadas de Atreus sobre isso a necessidade de Kratos tem de “explorar” antes de seguir em frente, por exemplo.
E o game também teve alterações bem sutis na gameplay, ao menos até esse trecho. As Quick Time Events deram espaço para cenas mais abertas, onde o jogador realmente joga. Logo no começo, nós conduzimos nosso “trenó”, enquanto que na busca por Týr, dentro de um carrinho de mina, também temos algumas ações diferentes. O jogo também ganhou novos tipos de colecionáveis, como conhecimentos e poemas, mas os Olhos de Odin e os baús protegidos por magia seguem marcando presença.
Os elementos de RPG seguem presentes, e foram expandidos na evolução de Kratos e Atreus. Os jogadores adquirirem XP separada tanto para o Deus da Guerra quanto para seu filho, e definem como isso vai ser gasto na evolução. Podemos aprimorar o Machado Leviatã, as Lâminas do Caos, o Escudo, bem como a Fúria Espartana. Há também relíquias e runas para ataques poderosos, além de elementos de armadura.
A árvore de habilidades também evoluiu bastante. Além de mais opções para combate, tanto em novos golpes ou melhoria a distância e corpo a corpo, os jogadores decidem como distribuir a XP adquirida em cada nova habilidade. Após desbloqueá-las, os jogadores precisam usá-las em combate para elevá-las ao nível máximo. Uma mudança pontual, mas bem interessante e que fortaleceu a progressão e o estimulo de exploração.
E isso tudo tornou o combate muito mais gostoso em God of War: Ragnarök. A maior variedade de golpes e técnicas te faz explorar mais, enfrentar os inimigos com mais gosto, pensar no seu próximo passo. A progressão da dificuldade também é justa, no modo normal. Também há uma boa variedade de inimigos, que vão desde seres com aparência humana até reptilianos e outros animais. Mas aqueles creeps insuportáveis ainda seguem em Midgard, para quem achava que ia ser ver livre deles!
Também é importante ressaltar que, até o momento, não tive nenhuma má experiência rodando God of War: Ragnarök no PlayStation 5. O game conta com dois modos de jogo: Desempenho e Resolução, e ambos são igualmente bonitos. A fluidez é maior no modo Desempenho, mas há uma opção de Taxa de FPS Alta, que me parece ser relacionada ao VRR do PS5. Nos meus testes eu só notei quedas na taxa de quadros quando o videogame executava outras tarefas em segundo plano, como terminar um download e instalar uma atualização/jogo no período. Por fim, mas não menos importante, até aqui a trilha sonora segue memorável e entregando uma experiência sonora muito agradável.
O que esperar de God of War: Ragnarök?
No momento que escrevi esse texto, ainda estava nas primeiras horas de God of War: Ragnarök e a minha única vontade é de continuar jogando até terminá-lo. O gameplay segue espetacular, e representa uma evolução em comparação ao premiado jogo de 2018. Os gráficos ganharam ainda mais detalhes e o jogo está muito bonito, desde cenários à expressões faciais. Por fim, tudo isso é coroado com desempenho estável no PlayStation 5 e uma trilha sonora marcante, até aqui. A história começou muito bem, e promete entregar mais uma jornada emocionante.
God of War: Ragnarök será lançado no dia 9 de novembro de 2022 para PlayStation 4 e PlayStation 5, mas você confere a review completa do jogo aqui no Pizza Fria no dia 3 de novembro, às 13h! Anote na sua agenda!
*Preview elaborado em um PlayStation 5 com código fornecido pela Sony.
Pizza Fria
Reviews, notícias e tudo sobre o mundo dos gamesPor Lucas Soares, Pizza Fria
Atualizado em 3 Nov 2022.