Guia da Semana

Falta pouco para a chegada do próximo console da Sony: o PlayStation 5. Se nada der errado, ele deverá chegar em algum momento no final de 2020. E parece que quanto mais perto chegamos próximo ao lançamento, maior é a ansiedade do público e da mídia. Afinal de contas, mesmo com poucas informações vindas da Sony sobre sua próxima plataforma, parece que todos estão com expectativa ao máximo.

Mas será que há motivo para tanto? Vamos tentar reunir aqui todas as informações que temos sobre os recursos do console, a fim de tentar explicar essa ansiedade. Confira!

O SSD customizado do PlayStation 5 é o grande diferencial da próxima gen

Olhando para trás nas últimas gerações de consoles, cada uma delas trouxe uma ou mais tecnologias que a distinguiam em relação à anterior. E com a próxima, não poderia ser diferente. Além da melhoria gráfica, a grande aposta da Sony para isso está no armazenamento do console. A empresa traz uma solução de SSD customizado, que promete chegar a até 9 Gb/s, em contraste ao HD tradicional do PS4 que vai de 50 a 100 Mb/s. Isso representa uma leitura quase 100 vezes mais rápida!

A princípio pode não parecer algo tão revolucionário, já que é fácil associar a velocidade de leitura apenas com o tempo de loading. Entretanto, não se deixe enganar: um salto tão grande de velocidade vai permitir não só a extinção das esperas de carregamento entre fases, como uma mudança radical no próprio level design de cada jogo.

Para tentar ilustrar: imagine o próximo God of War, com o mesmo “plano sequência” do anterior, mas totalmente livre de longas travessias de barco por rios sinuosos dentro de cavernas. Ou ainda, sem ter que se espremer por fendas de pedra para chegar a uma nova área. Momentos como estes só servem para dar tempo ao console ler no HD o próximo cenário, e como resultado, acabam quebrando o ritmo do jogo.

Assim, podemos ver mudanças não somente no layout de cenários em jogos mais lineares, como Uncharted, como também na quantidade de pessoas e veículos em jogos de mundo aberto como Grand Theft Auto, por exemplo. Por fim, até a própria qualidade das texturas dos jogos pode ter grandes melhorias, já que o SSD veloz permite o carregamento de texturas em alta qualidade no momento em que o jogador muda a direção da câmera.

DualSense

O controle DualSense pode elevar a experiência a outro nível

Historicamente, a Sony nunca foi conhecida por trazer grandes mudanças com cada versão do DualShock. Isso pode mudar no controle que acompanha o próximo console, já deixando claro pelo novo nome. A empresa promete uma grande evolução em como “sentimos” o jogo com seu novo controle, o DualSense.

Haptic feedback, ou “resposta táctil”, vem como uma evolução da vibração do controle, que já estamos acostumados desde a era do PS1. Conforme revelado por Mark Cerny, arquiteto chefe do PlayStation 5, o recurso oferece um maior refino em como sentimos o jogo através do tato. Um exemplo seria um jogador de Gran Turismo Sport ser capaz de sentir a diferença de terreno sobre o qual o carro passa, sem precisar olhar para a tela.

Da mesma forma, temos os “gatilhos adaptativos (adaptive triggers), trazendo um upgrade aos botões R2 e L2. Com isso, os desenvolvedores podem alterar a dureza dos gatilhos de acordo com o contexto. O exemplo descrito por Mark vem de Horizon: Zero Dawn, no momento de atirar uma flecha. Enquanto você “puxa” o arco de Aloy pressionando R2, o botão fica cada vez mais duro quanto mais você o aperta, de maneira similar a um arco real.

Esses recursos podem ser um grande passo para que os jogos se tornem cada vez mais imersivos, tudo de acordo com a criatividade dos desenvolvedores de cada jogo.

Áudio 3D pode ser a revolução invisível do PlayStation 5

“Como um gamer, é um pouco frustrante como o áudio mudou tão pouco entre o PS3 e o PS4. Com o próximo console, o sonho é mostrar o quão drasticamente diferente pode ser a experiência de audio, quando dedicamos um poder de hardware significativo para isso”

Mark Cerny, arquiteto chefe do PlayStation 5

Com uma nova unidade do hardware do PS5 inteiramente dedicada ao tratamento do áudio no console, chamada Tempest Engine, Mark promete mudar a forma como ouvimos o jogo. O recurso tem como objetivo que a experiência auditiva seja altamente precisa, fazendo com que a direção, distância e intensidade de cada fonte sonora no jogo possa ser recebida fielmente em nossos ouvidos.

O que mais impressiona é como a tecnologia promete funcionar não apenas com usuários de fones 3D tops de linha ou home theaters, como também os fones mais simples, e até nas próprias TVs comuns!

Ray Tracing no PlayStation 5

Ray Tracing e retrocompatibilidade

A retrocompatibilidade esteve ausente no último console da Sony, fazendo com que toda a fantástica biblioteca do PS3 fosse descartada ao realizarmos a transição ao aparelho seguinte. Felizmente, esse recurso retornará no PlayStation 5, facilitando assim a transição entre gerações. A empresa nipônica promete que a maior parte da biblioteca do PS4 será compatível com o próximo console já no seu lançamento.

Por fim, não poderíamos deixar de fora a mais nova tecnologia já disponível para alguns no PC: o Ray Tracing. O recurso consiste de uma técnica computacional para calcular o caminho traçado por cada raio de luz numa cena para compor sua iluminação final. Isso faz com que os cenários possam ficar bem mais realistas, mostrando com exatidão reflexos, sombras e efeitos em cada cenário do jogo.

O PlayStation 5 tem lançamento previsto para “as festas de 2020”, ou dezembro desse ano. A promessa é que o console será lançado simultaneamente no mundo todo.

Pizza Fria

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Por Sérgio Barbosa, Pizza Fria

Atualizado em 30 Abr 2020.