Guia da Semana

Ultra Age é um jogo de ação, focado em combate rápidos e agressivos, desenvolvido pela Next Stage e Visual DART, e publicado pela DANGEN Entertainment. Tomando controle do jovem Age, nos vemos atirados em um confronto em uma terra devastada por uma saída para a crise que assola a humanidade. Claro, no que sobrou da Terra e com o que restou de nossa amada espécie.

Interessado? Vejamos o que Ultra Age nos reserva em mais uma crítica antecipada do Pizza Fria!

Espadas e mais espadas

Falemos de Ultra Age, então. Nele, controlamos um camarada chamado Age. Ele cai em uma cápsula no planeta Terra, obviamente devastado por alguma calamidade ou outra, com sete dias para viver e uma missão: encontrar a chave para salvar a humanidade da extinção. Ao lado de seu charmoso companheiro robótico Helvis, começamos nossa jornada.

A história do jogo é, surpreendentemente, interessante. Principalmente dado ao estilo e ao escopo de títulos de ação deste nicho. Temos uma civilização que vive separada em duas: parte em uma estação orbital, e parte no que restou do planeta. Um meteoro, em certa feita, passou perto demais de nosso belo globo azul e causou um dano irreparável ao ecossistema, tornando a vida em larga escala muito complexa.

A trama é explorada em diálogos, tanto em cutscenes quanto durante o combate e exploração normal. Isso é bom, pois acredito que, ainda que seja importante, a história é mais adequada em pequenas partes. Ultra Age é um jogo de ação, e parar o ritmo frenético toda hora para ver diálogos e mais diálogos não cai muito bem.

Ultra Age
Excelente conversa. Agora é hora da confusão. (Imagem: Divulgação)

O pano de fundo de Ultra Age cai bem, e as interações entre Age e Helvis são legais e dão um extra para a parte de exploração enquanto nos movemos pelos cenários. O diálogo não vai ganhar nenhum prêmio nem ser louvado como um clássico da literatura moderna, mas funciona bem para o que é proposto. Ainda que a caracterização de Age possa ser levemente irritante em alguns momentos, ainda gostei dele como personagem.

Helvis é a outra estrela do show. Seus comentários pontuais são ótimos para quebrar o gelo, além de deixar algumas partes iniciais mais divertidas. O começo de qualquer jogo costuma ser pesado com tutoriais e afins, e um instrutor carismático faz toda a diferença. Ainda que a dublagem não seja lá essas coisas, os diálogos caem bem.

Mas, vamos ao que importa. Quando vi Ultra Age não fiquei intrigado apenas pela maravilhosa jaqueta azul, ou as luvas de seus personagens. Como sabe, leitor(a) perceptivo(a) que é, sou um homem que aprecia um bom senso de moda. Mas o principal aqui são as espadas, as explosões e os combos. Age + Piruetas + Raios = destruição em larga escala. Essa é a história que queremos aqui.

Ultra Age
Praticamente um soneto. (Imagem: Divulgação)

Finalmente, o ponto que eu queria chegar! Um dos grandes diferenciais de Ultra Age, ponto focal de sua divulgação aliás, é o combate rápido e caótico com uma quantidade interessante de lâminas para serem usadas pelo jogador. Após um determinado momento do jogo Age ganha a habilidade de equipar diferentes tipos de espada, com atributos e funcionalidades específicas.

Por exemplo, a lâmina padrão serve como um bom quebra galho. É fácil de conseguir, tem combos simples e funciona mais ou menos bem contra tudo. Katanas são boas contra monstros mais rápidos e com menos armaduras, claymores são pesadas e batem firme, lâminas de raios tem efeitos devastadores contra robôs e assim em diante. É um sistema legal e simples que ajuda a dar dinamismo para as lutas.

Cada arma tem uma quantidade de cargas, que são gastas conforme elas são usadas. Elas podem ser recuperadas drenando recursos de certos locais do cenário, que recarregam ao morrer ou usar uma habilidade que acelera o tempo, ou derrotando monstros. Elas se degradam em uma velocidade curta o suficiente para não te impedir de usar o que quiser, mas rápido o suficiente pra não ficar muito confortável com uma só.

Ultra Age
Minha querida Katana, a mais brava do momento. (Imagem: Divulgação.)

É interessante, também, que cada uma delas tem combos específicos. O jogo usa botões para golpes fortes e fracos, que podem ser usados em sequência e alternados para movimentos diferentes. As lâminas são trocadas rapidamente através do uso de R1 com algum dos botões de ação, deixando tudo ainda mais fácil e fluído. Eu curti bastante, e ver os combos encaixando um no outro me deixou feliz da vida.

Além disso, Ultra Age nos dá outras opções como uma habilidade que aumenta a chance de danos críticos, uma cura para as horas de perigo e um gancho. Ele é uma ferramenta boa, que pode ser utilizada tanto para puxar ou se jogar para cima dos inimigos quanto para se mover pelo cenário. É uma adição simples e efetiva, que faz maravilhas pra deixar o fluxo do combate mais dinâmico.

Além disso, podemos fazer melhorias tanto nas armas quanto em Age. Ganhamos essência por derrotar inimigos, que pode ser utilizada para melhorar diversos aspectos das espadas, como dano e combos, e os atributos básicos de nosso herói. Com treino e esforço podemos ser tão habilidosos quanto Nobunaga em Dinasty Warriors 5. Viu como juntei uma análise na outra, leitor? Esse é o segredo do sucesso.

Ultra Age
A espada de raio faz um estrago nesse bacanas. (Imagem: Divulgação)

Gráficos e sons

Ultra Age tem uns cenários bem bonitos, e efeitos de combate também. Mesmo com o pau quebrando não notei nenhuma queda de frames, e todos os locais que visitei são bem feitos e vendem bem a estética da história. Podem ser um pouco repetitivos, mas nada que dificulte o aproveitamento do jogo ou nos deixe perdidos.

As animações dos personagens não são muito boas, com vários casos de movimentação de bocas robóticas como o que se via no PS2. Não é nada terrível, mas foi o suficiente para estranhar. Mas, como eu disse, o jogo se vende como um título de ação frenética e as que são relacionadas ao combate de uma boa fluidez. Isso que importa.

A mesma coisa com os sons. As interpretações das vozes é meio torta, mas a trilha sonora e os efeitos transmitem bem os momentos de mais intensidade e calma e não fizeram meus ouvidos sangrarem. Isso já é uma grande benção.

Ultra Age
Lá vem ele minha gente. (Imagem: Divulgação)

Vale a pena comprar Ultra Age?

Afinal, Ultra Age vale o esforço? Pois bem, vejamos. Ele é um jogo de ação que tem uma jogabilidade chique, fluída, com uma boa variedade de armas e opções para o combate. Isso é bom, porque a maior parte do tempo nos envolve em tretas. Isso pode ser um pouco repetitivo para alguns, porque a exploração de mapas é quase linear e um pouco limitada. Mas, para mim, não foi tão ruim assim.

A história do jogo é interessante e me prendeu, ainda que não seja nenhuma Odisseia. Os gráficos são bons e as animações de luta são agradáveis, ainda que algumas que envolvam as interações entre personagens sejam meio fracas. A dublagem de Ultra Age é um pouco torta, mas a música de combate e os efeitos sonoros são bons. E não há legendas em português.

Ao fim e ao cabo, cyber leitor, eu diria que Ultra Age é um bom gasto de seu tempo limitado nessa vida bandida. O ritmo é rápido, o combate é divertido e a diversidade de armas ajuda a dar uma boa longevidade. Além disso, as melhorias de equipamentos, personagem e módulos para se instalar adquiridos ao derrotar os inimigos adiciona uma camada de customização bem legal. Recomendo para os apreciadores do gênero.

Ultra Age chega nesta quinta, 9, para PlayStation 4 e Nintendo Switch, e chegará em breve para PC, via Steam.

*Review elaborada em um PlayStation 4 padrão, com código fornecido pela DANGEN Entertainment.

Pizza Fria

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Por Matheus Jenevain, Pizza Fria

Atualizado em 8 Set 2021.