Todos os meses, o Novo Anhangabaú prepara uma programação completa de atividades socioculturais, educativas e recreativas ao ar livre no Centro da cidade.

Para novembro, mês que celebra o Dia da Consciência Negra, a programação foi planejada para dar protagonismo à artistas da cena preta paulistana.

Ficou curioso(a)? O Guia da Semana te conta tudo sobre a programação de novembro do Novo Anhangabaú. Confira:

Atividades especiais
No dia 10, às 19h, acontece a oficina História e prática das danças afro-americanas, que, combinando teoria, prática e história, apresentando ao público as origens das danças afro-americanas tradicionais, como o blues, charleston, authentic jazz e o lindy hop.

O “Ilú Obá De Min - Educação, Cultura e Arte Negra”, associação paulistana, sem fins lucrativos, que tem como base o trabalho com as culturas de matriz africana, afro-brasileira e a mulher, volta ao Novo Anhangabaú no dia 11, às 14h com o Bloco Afro “Ilú Oba De Min”. O bloco tem sua bateria formada exclusivamente por mulheres que, desde 2005, saem em cortejo pelas ruas de São Paulo, abrindo oficialmente o carnaval de rua da cidade.

A atividade “Só sei que é samba”, no dia 18 às 19h, reunirá aulas abertas de samba, apresentação de um espetáculo e um grande baile. O coreógrafo Patrick Carvalho conduz uma jornada arrebatadora através das raízes profundas da cultura carioca, onde a dança do samba se torna mais do que movimento: é uma narrativa viva da alma do Rio de Janeiro.

No dia 24, às 17h, o projeto Música-encontro: Carnavais da metrópole debate a canção em sua amplitude e diversidade, trazendo a crônica da sonoridade em cima de temas contemporâneos para conversas públicas convidando figuras significativas do meio. A ideia de tema para a parceria no Anhangabaú é falar de “Carnavais da Metrópole” trazendo a relação entre blocos, trios, escolas de samba e da imprensa, com objetivo de esmiuçar sua organização, seus trabalhos durante o ano, suas diferenças e entender como a cidade hoje enxerga esses fenômenos.

E no dia 25, a partir das 19h, o centro de São Paulo vai celebrar a cultura negra da música e da dança com a “Noite do Baile Charme”. Os passos do Black Charme, também conhecido como Baile Charme, consistem em uma mistura de movimentos de dança que evoluíram ao longo do tempo.

Vale um Samba
Aos sábados, a atividade Vale um Samba apresenta animados shows do ritmo brasileiro. No dia 18, Gê de Lima apresenta o show Samba e Diversidade. E no dia 25, o samba fica por conta de Caio Moura, com uma mistura de ritmos brasileiros que transborda energia e alegria por onde passa.

Sons do Vale
E o Sons do Vale vai reunir todos os domingos artistas pretos para apresentações especiais, sempre a partir das 17h. No dia 12, Yannick Dellass apresenta Afrika Baile, uma proposta musical envolvente, dançante e contagiante de música africana de ritmos variados de países da África Central, do povo Bantu, Aguaya, Decha, Bulawe, Rumba Congolesa, Sebene, Semba, Odemba e Makossa.

No dia 19, o palco do Novo Anhangabaú recebe Ki’Mbanda, um grupo de rock que mistura elementos do kandomble, umbanda e “afrofuturismo" com um resgate da origem do rock na África e suas vertentes. Com letras em português, inglês, yoruba e kimbundu, apresentam as histórias dos orishas através do rock e da visão do homem preto.

E no último domingo do mês, 26, Andarilho do Cha e Os Arquitetos Sonoros apresentam um show musical com forte apelo teatral onde vocalista e banda se entregam cenicamente e defendem o conceito da "Música Preta Brasileira Teatral".

Novas atividades
A Hatha Yoga é a mais nova atividade do Novo Anhangabaú, que vai acontecer aos sábados, a partir das 10h. A aula traz exercícios de respiração, posturas, flexibilidade e meditação. Além de trabalhar princípios da filosofia indiana e do yoga, são realizadas posturas de alongamento de forma fluida para construção da força, resistência física e flexibilidade.

Também aos sábados, das 10h às 22h, acontecem as oficinas de teatro Treinos Públicos no Vale. Com coordenação artística e pedagógica de Fabiano Lodi e Luah Guimarãez, a atividade retorna nesta edição especial de 2023, com ações ligadas a processos formativos em artes da cena, envolvendo aprimoramento técnico de artistas profissionais e potenciais multiplicadores, e público interessado em procedimentos de criação cênica contemporânea.

As práticas desta edição estarão concentradas nas relações entre as artes da cena e o espaço urbano, enfatizando processos de performance, improvisação e composição cênicas em interação com a arquitetura do Vale do Anhangabaú. Em cada um dos 4 encontros, os participantes entrarão em contato com técnicas de treinamento artístico que envolvem atuação e performance, dramaturgia, direção e composição, envolvendo aspectos da arquitetura na urbanidade.

Nos dias 28 e 30, a partir das 14h, acontece mais uma nova atividade, a oficina de escrita “O que pode a palavra?”, com o objetivo de introduzir ferramentas e procedimentos para criação de novos textos, explorando o potencial explosivo da palavra.