A novela "Liberdade, Liberdade", escrita por Mario Teixeira, baseada em argumento de Marcia Prates e livremente inspirada no livro "Joaquina, Filha do Tiradentes", de Maria José de Queiroz, estreia em abril, na Rede Globo. A nova trama das 23h fará com que o telespectador volte ao Brasil do século XVIII, capitania de Minas Gerais, Vila Rica.
A história começa no período da Inconfidência Mineira, de Joaquim José da Silva Xavier – o Tiradentes –, e se desenvolve na época em que a família real portuguesa vem para a colônia, nas Américas. A trama girará em torno de uma história ficcional de Joaquina (Mel Maia/Andreia Horta), a filha de Tiradentes (Thiago Lacerda) e Antônia (Leticia Sabatella).
Após a morte de Tiradentes e de Antônia, a pequena Joaquina, nascida no Brasil, é resgatada por Raposo (Dalton Vigh), até então simpatizante pela luta dos inconfidentes. Ao ver a pequena testemunhar a morte do próprio pai, ele se compadece de seu sofrimento e assume sua criação. Juntos, embarcam para Portugal. Lá, a menina passa a se chamar Rosa, para despistar os que ainda perseguiam os inconfidentes e desprezavam seus descendentes.
Em terras lusitanas, Raposo a cria como filha e ensina a Rosa tudo o que sabe. Ele vê a menina se tornar sua imagem e semelhança: forte, decidida, imponente. Apenas com uma diferença: ela é sonhadora como o pai. Apesar de um dia ter apoiado a luta dos inconfidentes, Raposo deve tudo o que tem à coroa portuguesa. Tornou-se um importante fidalgo pelas riquezas que adquiriu ao longo dos anos junto à família real. Anos depois, quando os nobres vêm para terras brasileiras, ele se sente na obrigação de voltar ao país.
DE VOLTA AO BRASIL
A chegada de Raposo ao Rio de Janeiro chama a atenção de todos. O fidalgo em terras brasileiras acompanhado do filho André (Caio Blat), um belo rapaz que desperta nas mães o desejo de casamento para suas filhas ainda solteiras; de Bertoleza (Sheron Menezes), negra alforriada criada como filha, e que, portanto, é uma fidalga; e de Joaquina. Eles seguem para Vila Rica ao encontro de Dionísia (Maitê Proença), irmã de Raposo. É ela a responsável pela preservação dos bens do irmão no Brasil enquanto ele residia em Portugal. Dionísia ama a família, mas teme que eles atrapalhem o cotidiano tão bem estabelecido da residência.
ROSA/JOAQUINA
A chegada de Joaquina desperta a curiosidade de amigos e inimigos. Primeiro, pela beleza única. Segundo, pelas opiniões fortes e a coragem de ajudar o próximo sem distinção de cor ou classe social – ela ainda é aquela garotinha que há anos deixou seu país, carregando no sangue o símbolo da luta pela liberdade.
Virgínia (Lilia Cabral), dona do cabaré de Vila Rica, logo reconhece a menina que ajudou a salvar quando o pai foi condenado. A jovem Branca (Nathalia Dill) também sente a chegada de Joaquina na cidade. Ela passou seis anos esperando o noivo Xavier (Bruno Ferrari) voltar dos estudos na Europa para realizar o sonho de se casar com o homem que ama desde criança. Porém, assim que o reencontra, testemunha os olhares atenciosos e curiosos do rapaz para a fidalga. Não sem retorno, pois Rosa se identifica com os ideais liberais e de justiça defendidos por Xavier.
Já o salteador Mão de Luva (Marco Ricca) reconhece em Rosa/Joaquina a criança que tentou, no passado, vender em troca de ouro. Agora mais velha, vale ainda mais ouro que antes! Para completar, Rubião (Mateus Solano), o intendente da cidade e defensor dos valores da família real portuguesa, encanta-se com a elegância de Rosa, e a admiração é recíproca. Mas esse sentimento pode não ter futuro. Rosa descobre ser ele o responsável por seu infortúnio: foi Rubião quem entregou a luta de Tiradentes para a coroa e quem matou Antônia.
Por A.
Atualizado em 24 Mar 2016.