De Pollockcow a Déjà Vu - Nelson Leirner e Fernando Ribeiro - Bolsa de Arte

Este evento terminou

Em busca da aura perdida em visita a Paris, caminhando às margens do Sena, o artista brasileiro Nelson Leirner ficou impressionado com a quantidade de Mona Lisas que eram oferecidas aos turistas.

Tomado pelo desejo de possuir o retratos, o artista percebeu que nessa adoração a uma pintura havia algo de quase místico. De volta ao Brasil, o artista tratou de conceber a sua série de trabalhos.

Bastava apenas organizar: montar composições só de chaveiros ou lapiseiras, ou, em lugar disso, combinações de distintas quinquilharias. Organizado em grupos, o trabalho é apresentado sob moldura e em uma cápsula muito elegante, como se fosse uma obra rara.

Nas pecinhas e nas bugigangas reunidas por Nelson Leirner, encapsuladas e com moldura, a moça de sorriso enigmáti covolta a ser obra de arte. A exposição inclui ainda outros trabalhos: uma vaca de resina em tamanho natural, minuciosamente recoberta por adesivos com figuras de Garfields, Snoopyse Papais Noéis; quatro mapas-múndi,também recobertos, continente porcontinente, com adesivos de personagens(a Europa, por exemplo, é tomada por Bob Esponja); e, por fim, uma série em que se combinam animais de louça e artesanato para evocar as fábulas de La Fontaine.

Em uma sala contígua, o também artista Fernando Ribeiro, assistentede Leirner já há 10 anos, mostra seu próprio trabalho, também com a marca da irreverência e da provocação bem-humorada. Ribeiro apresenta versões de imagens icônicas, que ele refaz em desenhos, pinturas e gravuras,em que aparece, subitamente,a figura do Mickey.

Foto: Divulgação.