Dürer: Mito e Imaginação

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O StudioClio - Instituto de Arte e Humanismo, está completando quatro anos. Período em que se consolidou com um espaço independente, com programação intensa e de alta qualidade em música, historia da arte, gastronomia cultural, filosofia, história, ciências, formação profissional para a cultura, cinema, teatro, arqueologia, literatura e artes visuais.

Inaugurado por Egberto Gismonti, a casa mantém a proposta de trabalhar com nomes da música, da ciência, da literatura, das artes visuais, de alta relevância e reconhecidos internacionalmente. Além disso, é dado apoio a jovens talentos, valorizando a inteligência e a perspectiva local.

Dürer: Mito e Imaginação traz 12 gravuras de Albrecht Dürer (1471 - 1528),o maior expoente do renascimento alemão. Elas integram a série Armand Durand e foram adquiridas recentemente em leilões na Alemanha por Francisco Marshall, historiador e curador cultural do Clio.

Foram produzidas a partir de pranchas do século 19 idênticas às originais- cujas impressões integram coleções como a do Louvre (Paris) e do British Museum (Londres).

Rara oportunidade de conhecer uma das facetas do múltiplo e genial artista, a mostra vai tomar a Microgaleria de Arte Acessível, no hall de entrada do Studio Clio. O contato com os trabalhos será facilitado pela ausência de vidro à frente das gravuras e com a disponibilidade de lupas para que os visitantes possam apreciá-las em todos os seus detalhes.

Pertencente a uma geração imediatamente posterior à do também alemão Johannes Gutemberg (1390- 1468), o inventor da imprensa, Dürer herdou dele o gosto pela reproduçãode imagens. Enquanto os grandes retábulos estavam fixos nas igrejas, as gravuras - a partir da matriz original em madeira - podiam ser copiadas e recopiadas, compradas e levadas para casa.

O artista, que assinava seus trabalhos com as iniciais A.D., as vendia na rua, com o auxílio da mãe e da irmã. No Clio, estarão expostas três obras-primas da prensa de Dürer, conhecidas como Meisterstiche (gravurasdo mestre), e que ele comercializava sempre juntas em Nürenberg- Melancolia I, O Cavaleiro, a Morte e o Diabo e São Jerônimo emsua Cela -, além de outras cinco gravuras grandes (33x45cm) e quatro de tamanho médio (18,4x14,6cm).

Foto: Reprodução / Divulgação