Guia da Semana

Por Marcela Besson

Quem não pode freqüentar as butiques de azeite dos Jardins não precisa entrar em desespero. Os grandes supermercados da capital também disponibilizam boas marcas nas prateleiras. E o melhor: os preços também não estão pela hora da morte. Mas é preciso saber escolher. Latas guardam melhor o azeite do que o vidro, portanto, a primeira dica é pegar os vidros que ficam na parte de trás da gôndola porque estão mais protegidos da luz. Verificar o lote e a validade são medidas imprescindíveis. Quanto mais jovem, melhor é o azeite. Fechados, eles duram até um ano e meio. Depois de abertos, devem ser consumidos em até quatro meses. Infelizmente, os rótulos podem enganar. Veja se o produto informa o nome do fruto, se é virgem ou extra-virgem e o nível de acidez. Azeites extra-virgens (puros e de melhor qualidade) costumam ter de 0 a 1% de acidez.

Azeite de oliva: o líquido da vez
  • Produção: começa com a seleção das azeitonas, que devem ser firmes e não podem ter nenhum machucado. Depois de muito bem escolhidas, elas vão para uma espécie de tanque. Aí os frutos (polpa e semente) são prensados. A fase seguinte é a espadalagem, que nada mais é que a lenta mistura das polpas até a sua transformação em uma pasta homogênea, o que facilita a liberação de maior quantidade de azeite. Por último, a extração por prensagem ou centrifugação. Tarefa difícil, demorada e pouco rendosa, pois, para cada 5 quilos de azeitonas, se produz apenas 1 litro de azeite!

  • Saúde: devido ao seu elevado teor de ácidos gordos monoinsaturados (70%), o azeite ajuda a reduzir o "mau" colesterol (LDL), mantendo o nível do "bom" colesterol (HDL). A vitamina E e a provitamina A desempenham uma função antioxidante sobre as paredes das artérias, ajudando a prevenir doenças cardiovasculares como arteriosclerose, trombose, enfarte cardíaco e acidentes vasculares cerebrais. Estudos realizados com povos mediterrâneos comprovaram um índice menor de mortalidade por enfarte do miocárdio. Além disso, há pesquisas que comprovam que o consumo de azeite de oliva está diretamente ligado à redução da incidência de três tipos de câncer: o coloretal, o de mama e o de próstata.

  • Beleza: para as mulheres preocupadas com a aparência, o produto apresenta uma vantagem: é considerado um dos elementos que retardam o envelhecimento contribuindo, inclusive, com a maior proteção à pele. Alguns povos mediterrâneos utilizam o produto em cosméticos, como ingrediente da formulação de cremes para a pele.

  • Gastronomia: os especialistas reconhecem três tipos diferentes de buquê nos azeites de oliva. Cada um deles é indicado para a produção ou acompanhamento de determinados pratos. Os herbáceos vão bem com vegetais cozidos, massas, molhos encorpados e carnes de caça. Os florais e frutados são perfeitos para as carnes brancas, legumes, sobremesas e risotos. Por último, os amadeirados acompanham carnes vermelhas, saladas, queijos, alguns molhos. Na hora do preparo, os chefs indicam a utilização do azeite virgem. O extra-virgem, por sua vez, deve finalizar o prato.



  • Atualizado em 7 Ago 2012.