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Saborear, sentir prazer com o alimento, tornar uma necessidade básica num tempo que passamos sentindo prazer através do paladar. A grande pergunta é: qual é o tipo de gastronomia (ou prato) que nos proporciona este prazer ? É o fator geográfico que nos faz preferir este ou aquele tempero, ou o fator cultural ? É a tradição? os antigos sabores da infância são preponderantes?

Qual é a melhor culinária? Francesa, italiana, japonesa, tailandesa, ou a nova escola experimental espanhola? Ou a brasileira?

Existem lugares onde a gastronomia ocupa um lugar muito importante nos costumes e na cultura há milhares de anos, e outros onde o desenvolvimento da cozinha se processou mais recentemente. Mas em qualquer lugar, de qualquer canto do mundo, as pessoas se alimentam e expressam comentários sobre o que comeram.

Todos temos no paladar uma forma de prazer, que pode se repetir nos mesmos alimentos e pratos ao longa de toda vida, ou se alterar e ampliar, com novos conhecimento e formas de saborear.

Este é o lado estimulante da gastronomia: aquele que alia a curiosidade com a percepção gustativa, cultivados através da cultura e da degustação, fazendo com que as incursões gastronômicas sejam estimulantes e (muitas delas) inesquecíveis.

As respostas a todas as perguntas que fiz no início talvez esteja na qualidade do profissional de gastronomia, em sua arte, que deve ir de encontro ao mais exigente dos paladares, e que estes se alimentem cada vez mais de conhecimento e cultura, para poder apreciar e degustar os pratos mais saborosos.

Como me disse certa vez um enólogo conhecido: "o melhor vinho é aquele que você gosta, mas eu tomo os melhores".