Guia da Semana

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Viajar no tempo não vai ser mais ficção científica nem mote de filmes do tipo blockbuster. Pelo menos quando se fala no Museu do Relógio, que fica na Vila Leopoldina e é um lugar surpreendente. Lá, os modelos antigos e novos contam a história do relógio e da contagem de horas. "Todos nós precisamos de um marcador de tempo", diz Bartira Romero, responsável pelo museu que funciona desde 1975 e está localizado dentro da Dimep, uma das primeiras empresas brasileiras a fabricar relógios de ponto.   Além dos relógios de parede e dos conhecidos cucos, lá estão expostas várias preciosidades e curiosidades. Um deles é o relógio-cafeteira, uma opção diferente para os que já se atrasam para sair da cama e ainda têm preguiça de fazer seu próprio café. "Ele desperta quando a xícara está cheia", explica Romero. Outro artefato inusitado é o relógio de barbearia: ele roda ao contrário - literalmente, no sentido anti-horário - e os números impressos estão invertidos: próprios para ver as horas através do espelho, local para onde os barbeiros mais olham - depois dos cabelos e barbas dos clientes. Foto: Divulgação/Museu do RelógioUm dos exemplares em exposição no Museu Um relógio muito apreciado na coleção de 700 peças do museu é o que pertenceu à segunda esposa de D.Pedro I, Amélia de Leuchtenberg. Mas não é esse o relógio mais antigo da coleção: o título vai para um exemplar de bolso de 1620. O interessante sobre ele, além da idade, é a ausência do ponteiro de segundos, fato relativamente comum para a época - já que não existia o hábito de marcar o tempo de maneira tão precisa.   Mas os anos se passaram e as necessidades das pessoas também mudaram. O museu conta com um exemplar de relógio atômico, desenvolvido por e para os cientistas, que usa a frequência ultraprecisa da vibração dos átomos para marcar horas, minutos, segundos, décimos, centésimos, milionésimos e outras unidades ainda menores de tempo. Foto: Divulgação/Museu do RelógioUm dos modelos mais antigos de relógio de ponto  E tempo o idealizador do museu teve de sobra para montar sua coleção. Tudo começou em 1950, quando o professor Dimas de Melo Pimenta, que também fundou a Dimep, adquiriu um relógio de bolso em uma viagem para a cidade paulista de Aparecida, a 170 km de São Paulo. "Ele foi um apaixonado por relógios e sempre esteve envolvido com a relojoaria", conta Bartira. A paixão por relógios era tanta que ele montou a primeira escola paulista de relojoaria, hoje desativada.    O museu é aberto para visitação durante a semana, das 9h às 17h, e a visita é feita somente com agendamento -fica dentro da fábrica da Dimep. Para quem não pode frequentá-lo durante a semana, abre todo segundo sábado do mês das 9h às 16h, com entrada aberta ao público. Em ambas as ocasiões, a entrada é gratuita. As visitas são monitoradas e a criançada recebe uma atenção especial: desenhos animados explicam e fazem comparações sobre os relógios e suas devidas épocas. Um lugar assiiim... uma Brastemp, para passar as horas vendo como as horas passam - ou passaram - ao longo dos séculos.

Mapa do local

A história das horas

Data 05 Nov 2010-31 Dez 2011
Segunda a sexta, somente com agendamento; abre todo 2º sábado de cada mês.

Preço(s) Gratuito.

Horário(s) Durante a semana, das 9h às 13h e 14h às 17h; aos sábados, das 9h às 17h.

Endereço
Avenida Mofarrej, 840, Oeste 05311-000

Telefone (11) 3646-4000