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Biblioteca na feira? Mais ou menos: são livretos pendurados em uma espécie de varal e presos com pregadores. São histórias de amor, do cotidiano, enredos fantásticos e com uma pitada de humor. Essa é a literatura de cordel, uma tradição da cultura nordestina que vem se tornando cada vez mais conhecida em São Paulo. Para trazer um pouco mais dessa literatura, o Centro de Tradições Nordestinas (CTN), no Limão, está com o Festival de Cordel até o dia 6 de outubro.

A literatura de cordel é tão parte da vida dos moradores dos estados do Nordeste do Brasil que é como se fosse um retrato do seu cotidiano em forma de poesia. "São versos rimados que tratam de temas populares, como a seca ou as eleições. Contam também histórias fantásticas e com pitadas de humor", explica Mariana Conti, coordenadora cultural do CTN.

E essa variedade de temas e estilos deve ser tratada com toda a profundidade que a literatura merece. Por isso, o festival não vai se prender somente à exposição dos livretos. Um concurso vai eleger os 20 melhores cordéis, que serão publicados em um livro e distribuídos nas bibliotecas públicas de São Paulo.

Mas, se você não conhece esse tipo de texto e não quer ficar perdido no festival, não se desespere. O CTN vai levar oficinas de cordéis para toda a cidade, de maneira que as pessoas possam ter contato com essa literatura. "A ideia é mostrar o cordel e ensinar a escrever", continua Mariana. E não somente o texto será tema de aulas: as ilustrações, feitas em xilogravura (uma forma de desenhar que usa uma base de madeira como matriz), também serão assunto de algumas das oficinas. Calma, ainda não acabou. Sessões de cinema sobre o cordel também estão na programação. E você, vai ficar de fora desse festival assiiim... uma Brastemp? Para mais informações, acesse www.ctn.org.br/festivaldecordel.