Guia da Semana

Penitenciárias e centros de detenção não são lugares, digamos, turísticos em uma cidade. Mas eles guardam histórias não óbvias para quem quer conhecer mais sobre onde mora e, principalmente, sobre o passado de um país. É o que pretende o Memória Carcerária Paulistana, um tour elaborado pela Graffit Turismo, que sai todos os sábados do Largo do Arouche, no centro.

"Não é visitar centro de detenção nem presídio. Mas, sim, trabalhar a questão histórica da prisão, que é pouco explorada", conta Carlos Silvério, proprietário da Graffit. E, de fato, o que se sabe desse assunto está restrito aos livros, quando se fala da história, ou das páginas policiais dos jornais, que tratam de crimes, seus autores e processos judiciais.

Durante o passeio, que dura quatro horas, os guias não falam somente sobre os locais de detenção, mas também contam a história de crimes e criminosos famosos: Gino Meneghetti, um bandido italiano que se mudou para São Paulo e continuou com seus delitos por aqui - e morreu aos 98 anos de idade -; e João Acácio Pereira da Costa, o famoso Bandido da Luz Vermelha, famoso por assaltar mansões de madrugada, carregando uma lanterna. Presos políticos, da época do regime militar, também são lembrados.

O tour passa por construções históricas como o Palácio da Justiça, no Centro, o Museu da Polícia Militar, no bairro da Luz, e o Parque da Juventude, onde antes funcionava o Complexo Penitenciário do Carandiru, que foi demolido em 2002 para dar lugar ao parque - mas que ainda hoje mantém um prédio em pé. Um dos pontos de destaque do passeio é o Memorial da Resistência, que fica na Pinacoteca do Estado. Era lá que os perseguidos pela ditadura militar ficavam presos. Um prato cheio para quem quer conhecer um pouco do passado penitenciário paulistano e quer ter certeza de que, afinal, o crime não compensa - mesmo.


Mapa do local

A história do crime

Preço(s) R$ 35.

Horário(s) 10h às 14h.

Endereço
Rua Joaquim Távora, 128, Sul 04015-010

Telefone (11) 5549-9569