Roteiro pelo Centro Velho

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A melhor forma de conhecer a história e, sobretudo, adquirir um novo modo de olhar a cidade é fazendo um passeio. Assim, o Guia da Semana elaborou um Roteiro pelo Centro Velho que pode ser feito a pé e por qualquer um, passando por três construções católicas e alguns edifícios importantes dos arredores. Recomendamos fugir da agitação e tumulto do meio da semana e realizá-lo com calma, no sábado ou domingo. Com isso, além de aprender mais sobre a metrópole paulistana, você pratica a caminhada, um esporte prazeroso e aprecia lugares, consulta informações sobre este ou aquele monumento e, quando cansar, ainda pode parar para tomar aquele cafezinho. Confira o roteiro que preparamos para você: Começamos o passeio no Marco Zero. Construído em 1934, é revestido de mármore com bronze e substituiu o pelourinho do período colonial. Ele representa o centro da metrópole, apontando direções e caminhos que foram utilizados desde a época dos bandeirantes em busca de riquezas minerais e escravos no interior do Brasil. Atualmente, é a partir dele que a prefeitura numera as edificações da cidade, com início das ruas sempre na extremidade mais próxima do Marco Zero. Ainda na praça, em frente para o Marco, a imponente Catedral de São Paulo, projetada pelo alemão Maximillian Hehl e erguida entre 1913 e 1954. Ela tem a arquitetura caracterizada pelas torres neo-góticas, com detalhes do mosaico de São Paulo Apóstolo. Oportunidade única para admirar os belos vitrais ou ouvir o som que emana dos tubos do maior órgão da América do Sul. Descendo a praça, antes de chegar ao Viaduto Boa Vista, encontramos o Pátio do Colégio, construído pelos jesuítas para catequizar os índios. Depois de receber muitos inquilinos, o conjunto foi devolvido à Companhia de Jesus, em 1970. Agora, além de reconstruído, preserva uma parede de taipa de pilão, dos os séculos 16, uma das relíquias da cidade. O pátio ainda abriga um café com uma ótima vista ao bairro do Brás. Pegando a Rua Direita e seguindo pela Líbero Badaró, deparamos, no número 350, com o primeiro arranha-céu paulistano, o Edifício Sampaio Moreira. Construído em 1924, com seus 13 andares e 50 metros de altura, ficou por cinco anos como o mais alto de São Paulo. Mais à frente, na São João, o prédio que superou aterior, o Edifício Martinelli. Finalizado em 1934, possui com 30 andares em 130 metros. Seu estilo e o Art déco, inspirado nos arranha-céus novaiorquinos. Foi construído a partir da técnica de alvenaria de tijolos e estrutura de concreto. Hoje em dia é o documento arquitetônico mais importante do momento de transição da cidade baixa. No 26º andar exibe um belíssimo terraço do qual se tem uma visão panorâmica da cidade, avistando-se o Pico do Jaraguá, as antenas da Paulista e os milhares de prédios que compõe a paisagem urbana da cidade. Terminando o roteiro a pé, próximo ao Vale do Anhangabaú, o Mosteiro de São Bento. A igreja atual foi reconstruída em 1922 para substiruir a de taipa, cultuada desde o século XVI. Em sua portaria principal, os monges vivem em oração e ficam de prontidão a receber todos os hospedes e visitantes, acolhendo assim os que vem à vida de oração, retiro, ou procuram orientação espiritual ou confissão. Nele há a clausura monástica, a Basílica de Nossa Senhora da Assunção onde há o coro para o ofício divino rezado diariamente pelos monges e a missa é celebrada, ambos no rito monástico e com canto gregoriano. Fotos: Gabriel Oliveira