Guia da Semana

Depois de quase 10 anos sem dar as caras pelo Brasil, o Nine Inch Nails resolveu presentear os fãs com uma voadora de dois pés no peito no primeiro dia de Lollapalooza em 2014.

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O grupo, que está na continuação da turnê do retorno e também promovendo seu mais recente disco de estúdio, Hesitation Marks, trouxe uma versão enxuta do NIN que a gente conhece, para esses shows pela América do Sul, contando apenas com quatro integrantes.

Mas isso não impediu, de forma alguma, que eles explodissem o palco Ônix do festival, já na abertura, com Wish. Foi ali que os fãs começaram a entender o que estava para acontecer.

Seguindo a linha mais pancada, ainda tocaram Burn, Gave Up e March Of Pigs, classicamente emendada com Piggy, em um dos (muitos) pontos altos do show. Quem esperava um show óbvio, se surpreendeu.

Para provar que Nine Inch Nails não faz rock industrial, nem rock experimental (ou sei lá como é que as pessoas gostam de categorizar) e sim provar que NIN faz música, eles tocaram um set recheado de batidas eletrônicas genialmente associadas com os efeitos de luz e produções de palco pelas quais o NIN é tão bem conhecido e aclamado.

Disappointed, All Time Low e Me, I’m Not fizeram parte dessa parte experimental do set. Mas foi em The Great Destroyer que o público sentiu o baque. Fosse na frente do palco, atrás, dos lados, parecia que o festival todo tinha parado para ver qual é que é desse som destoante do resto do line do evento.

A banda não tocou Closer, um de seus maiores hits, pedido milhares de vezes pelos fãs. Quem sabe porque quisesse provar (e provou), que Nine Inch Nails não se resume aos hits, mas à experiência.

E, para fechar o set e eternizar a apresentação da banda na história do Lollapalooza, Trent Reznor terminou cantando e quase chorando, a plenos pulmões, acompanhado do mar de fãs com uma tríade de deixar qualquer um no chinelo: The Hand That Feeds, Head Like a Hole e a maravilhosa Hurt, imortalizada por Johnny Cash.

Por Julia Bueno

Atualizado em 10 Abr 2014.