Guia da Semana

Por Humberto Baraldi


Divulgação

Nas terras brasileiras, o reggae também encontra alguns representantes. Em épocas passadas, Gilberto Gil (foto acima) se destaca com alguns hits à la Bob Marley, e da nova geração surgem nomes como Natiruts, Planta & Raiz e Tribo de Jah. Dizem por aí que o mineiro Marku Ribas, conhecedor das batidas caribenhas, tirava uns sons jamaicanos já em 1969. Luiz Vagner, o guitarreiro, também chegou cedo numa parceria com Paulo Diniz, Bahia Comigo (1972), considerado o primeiro dos primeiros reggaes brasileiros.

Uma vez, a cantora Baby Consuelo resolveu cantar É O Amor, tradução literal de Is This Love de Bob Marley. Até que a versão não ficou das piores.



O baiano Caetano Veloso (foto acima) também foi um dos pioneiros nessa praia, graças a Nine Out Of Tem, de 1972. Outro destaque da época é Jards Makalé, quando lançou Negra Melodia, levada reggae que ele aprendeu de uns músicos jamaicanos que passaram pelo Rio.

Mas, sem dúvida, um dos mais entendidos em reggae foi Gilberto Gil, no álbum Realce (1977), No trabalho aparecia a faixa Não Chores Mais, versão de No Woman No Cry de Marley.

Em seguida, o grupo baiano Arembepe, que fez carreira em São Paulo, também foi personagem bíblico. Ao lado do grupo Arerê, promoveu diversas noites de reggae no underground paulista, entre 1977 e 1980.



Chico Evangelista, autor de Rasta-Pé, foi o primeiro artista a assumir o reggae como estilo no país. De lá para cá, alguns músicos sofreram diversas influências do ritmo caribenho, como o Paralamas do Sucesso e o Cidade Negra (foto acima), primeiro grupo de reggae a assinar com uma grande gravadora. Depois, veio o Skank, O Rappa, Negril, Omeriah...

Atualmente, os destaques do reggae nacional vão para os caras da Tribo de Jah, Natiruts, Planta & Raiz e, alguns até incluem, o gaúcho Armandinho.

Atualizado em 6 Set 2011.