Por Humberto Baraldi
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Filho do historiador e sociólogo Sérgio Buarque de Hollanda e de Maria Amélia Cesário Alvim, e sobrinho do célebre dicionarista Aurélio Buarque de Hollanda, o compositor, intérprete, poeta e escritor Francisco Buarque de Hollanda, ou simplemente Chico Buarque, é hoje uma referência obrigatória em qualquer citação à música brasileira. "Não tenho palavras para descrever este ícone da cultura nacional. Ele é simplesmente apaixonante", comenta Chico Batera, baterista há mais de 30 anos do "queridinho" da mulherada.
Carioca da gema, quando pequeno morou em São Paulo e até em Roma. Nesta mesma época, o astro teve contato com grandes personalidades da cultura brasileira, como Vinicius de Moraes, Baden Powell e Oscar Castro Neves, amigos de seus pais e da sua irmã mais velha, Miúcha, também cantora e violonista.

Ainda em 65, fez a trilha da obra Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto. O trabalho teve repercussão em todo país e atingiu a França.
Com o Festival da Record de 1966, tornou-se conhecido no Brasil inteiro por sua melodia A Banda, interpretada por Nara Leão. O hit conseguiu o primeiro lugar do concurso, empatado com Disparada, de Geraldo Vandré e Theo de Barros.
Na volta ao país, após morar um ano na Itália, fez música para cinema e gravou um de seus discos mais bem-sucedidos, Construção.
Censurado pela ditadura militar, Chico chegou a usar o pseudônimo Julinho de Adelaide para assinar algumas de suas composições, como Acorda, Amor.
Para o teatro, escreveu Gota D´Água e a Ópera do Malandro. Como escritor, lançou sucessos como Estorvo, Benjamin e Budapeste. Depois disso voltou a dedicar-se à música, lançando Paratodos em 1993 e As Cidades em 1999, ambos com amplas turnês pelo Brasil e exterior.
Para quem não lembra, em 1998, Chico foi enredo da Mangueira, que ganhou o desfile daquele ano.

Após 8 anos sem gravar um disco de inéditas, Buarque lançou o CD Carioca, em 2006. São 12 faixas, algumas em parceria com ao artistas Edu Lobo, Ivan Lins e Tom Jobim. "O artista não cansa de fazer o que mais gosta: arte", acredita Chico Batera.
Atualizado em 6 Set 2011.