Guia da Semana

Pitotar um caça de guerra, participar de épicas batalhas no ar, disparar mísseis e abater inimigos. Se você está imaginando que isso é mais uma notícia de conflito no Oriente Médio ou a reprise do filme Top Gun, enganou-se. Através da parceria entre o Bar Brahma Aeroclube e a Tech-e, empresa de tecnologia, duas réplicas fieis do avião F-18 Super Hornet foram criadas para o público sentir a emoção e adrenalina real de pilotar um avião de combate.

Montado em uma sala especial do bar no Campo de Marte, os dois simuladores estão instalados lado a lado com a proposta de disputar entre si ou de transformarem os pilotos em companheiros em uma missão. "As pessoas não saem de casa para tomar chope ou comer petiscos, mas para viver uma experiência, por isso elas procuram a melhor e essa não tem preço", assegura Alvaro Aoas, sócio-proprietário do Bar Brahma, que conheceu o simulador em Campos do Jordão e resolveu apostar no projeto para os amantes e curiosos em aviação.

A sensação é transmitida nos telões de 120 polegadas (2,2 x 1,7 metros) e através de equipamentos de um caça real, como o painel de controle, o sistema de pouso por instrumentos (ILS), mísseis de curto e médio alcance, metralhadora, capacete com áudio (rádio) e viseira, sistema de alerta de deserção por radar hostil (RWR) e para despistar mísseis guiados por infravermelho. Para conseguir manobrar todos os instrumentos, o espaço conta com instrutores e pilotos de caça devidamente trajados com macacões de vôo, auxiliando os 'pilotos' de primeira viagem tanto antes como durante a experiência.


Felipe Coutinho, apaixonado pela esquadrilha da fumaça e idealizador do protótipo F-18

"Sou piloto da aviação civil e quando entrei no cockpit e vi o display e todas as informações no painel, como os botões e comandos, me senti em um avião real", ressalta Guilherme Panhoca, instrutor. Para dar ainda mais verossimilhança ao simulador, o programa apresenta os problemas de uma situações de vôo. Assim, se o 'caçador' faz uma curva ou um looping, sente na tela a força da gravidade (G). "Quando o piloto sobe bruscamente, o G fica positivo e a tela preta (a pessoa perde a visão total). Já no mergulho, o G fica negativo e a tela vermelha (o sangue vai todo para a cabeça e ele perde os sentidos)", afirma Guilherme.

Para experimentar a sensação de dirigir um F - 18, o público precisa agendar um horário assim que chega ao bar. Antes de iniciar a decolagem, recebe um briefing de 10 minutos para aprender os comandos básicos. São dois tipos de vôo, um de 12 minutos (R$ 40,00) e outro de 20 minutos (R$ 60,00). Nesse intervalo o piloto pousa em porta-aviões, faz viagem noturno e participa de combates ( dogfight). A réplica é recomendada a partir de 10 anos e pretende atrair todos os sexos, inclusive o público leigo.


Durante o combate aéreo, o 'caçador' pode usar o míssel ou a metralhadora para abater o inimigo

"Ele é diferente de andar de kart, de jogar Flight Simulator e outras coisas. É um entretenimento muito exclusivo, já que poucos lugares do mundo oferecem um simulador parecido com esse. Para quem está procurando coisas novas, recomendo", reforça Darlan Pastro, sócio da Tech-e.

A previsão inicial é que a atração fique no Bar Brahma Aeroclube por três meses. Os inventores do protótipo querem expandir para outras cidades e criar um sistema on-line para batalhas, focando primeiro no estado de São Paulo, como São José dos Campos e Campinas. "O meu prazer é ver o pessoal voando e se empolgando, isso foi o que me levou a inventar isso. Com o aprimoramento do software, futuramente cadastraremos os pilotos em um esquadrão virtual para combates aéreos com outras cidades", revela Felipe Coutinho, um dos criadores do F-18.

Serviço:

Bar Brahma Aeroclube
Endereço: Av. Olavo Fontoura, 650 - Santana
Horário: segunda a quinta, das 11h às 22h; sexta, sábado e domingo, das 11h às 0h
Telefone: (11) 2089-1131

Atualizado em 6 Set 2011.