Guia da Semana

Foto: Arquivo Pessoal


Que a cidade maravilhosa é linda por suas praias e pontos turísticos, todos sabemos. O problema é procurar o que fazer lá quando chove! Sim, chuva no Rio de Janeiro. Infelizmente, tive o azar de pegar um fim de semana chuvoso por lá, mas isso não me impediu de curtir a cidade e conhecer diversos lugares. Porém, tive a oportunidade de presenciar alguns acontecimentos não tão agradáveis assim.

Tudo começou ainda na viagem. O motorista do ônibus resolveu parar no meio do caminho para o desembarque de passageiros (algo que não deve ser feito, pois, de acordo com o itinerário da viagem, era São Paulo - Rio de Janeiro direto, somente com uma parada em um restaurante no meio de caminho). Isso foi motivo de briga, pois um dos passageiros queria descer em um lugar por onde não passamos, pois, segundo o motorista, era uma rota que demoraria para chegar até a rodoviária. O passageiro ficou furioso, quebrando o vidro do ônibus. Paramos em um posto policial e ficamos esperando a boa vontade dos cidadãos (motorista e passageiro) para resolver o problema. O ônibus estava lotado, e todos, cansados da viagem de aproximadamente seis horas.

Depois das devidas decisões tomadas, entramos novamente no ônibus e fomos para a rodoviária. Chegando lá, uma policial estava revistando as malas com um detector de metais. Minhas amigas e eu achamos que ela iria revistar nossas malas também, mas não. Ela revistou a bagagem de uma passageira negra que havia acabado de pegar sua mala. Pelo que entendo, isso é preconceito e dos grandes. Ficamos paradas para ver se a policial viria até nós, e nada. Ficamos boquiabertas com isso. Se revistou a mala de uma pessoa, tem que revistar a de todo mundo, não?

Ainda na rodoviária, como não conhecíamos bem a cidade, resolvemos pegar um táxi para ir até o albergue onde ficamos hospedadas, em Copacabana. Parece que há uma "máfia" dos taxistas. Ao invés de cobrarem de acordo com o taxímetro, eles estipulam um valor fixo, de acordo com o destino. Eu já tinha ido até o Rio antes e um taxista, indicado por um amigo, foi me pegar na rodoviária e não gastei nem R$ 25,00 até o mesmo albergue. No ponto de táxi dentro da rodoviária, queriam cobrar R$ 50,00, e o responsável alegou que era bandeira 2 (isso ocorreu em um sábado de manhã e bandeira 2 é somente aos domingos e feriados). Não aceitamos e fomos pegar outro táxi. Como não tinha trânsito, pagamos R$ 23,50.

Depois de deixar as malas no albergue, fomos caminhar pelas praias. Apesar da chuva e do vento, o Rio de Janeiro merece e muito ser considerada uma "Cidade Maravilhosa". Andamos por Copacabana e Ipanema, e o visual é lindo. Fomos até o Mirante e, com ventania e tudo, havia surfistas aproveitando o mar e, mesmo assim, a praia estava cheia de turistas dos mais variados locais do Brasil e do mundo. À noite, fomos ao Teatro Carlos Gomes, no Centro, e o motorista foi conversando conosco a respeito dos melhores lugares para se conhecer a cidade, principalmente para quem gosta de bares e rodas de samba. Ele não tinha como não citar a Lapa, que tem bares para todos os públicos. E também foi nos indicando exatamente todos os lugares por onde passamos quando estávamos indo para o teatro.

No dia seguinte (último dia, pois passamos somente o fim de semana), o sol resolveu dar as caras por alguns poucos minutos, mas foi o suficiente para a praia lotar de gente de todas as idades. Infelizmente, não tivemos a oportunidade de ir até o Cristo ou ao Pão de Açúcar, pois, quando decidimos ir, a chuva voltou a dar as caras. Mas, oportunidade não vai faltar e, em breve, estarei de volta à cidade maravilhosa (quem sabe no verão dou sorte!).
Quem é a colunista: Maraísa Bueno.

O que faz: jornalista e repórter da equipe do Guia da Semana.

Pecado Gastronômico: uma boa massa e, é claro, chocolate!

Melhor Lugar do Brasil: minha casa, na pequena cidade de Serrania, sul de Minas Gerais (também não dispenso uma boa praia!).

Para Falar com ela: [email protected]

Atualizado em 6 Set 2011.