Guia da Semana

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Um país possivelmente inventado por Hopi, o deus da alegria, ou talvez apenas mais um espaço surgido no meio do nada para divertir os viajantes cansados das estradas. Seja como for, o país, dividido em regiões, procura alegrar todos os seus visitantes.

O passaporte custa R$ 79. Adquirido antecipadamente você poderá pagar R$ 49. Além do passaporte, os "moradores" têm um dialeto diferente, o hopês, uma mistura de português, inglês, italiano, espanhol, holandês e até bororo, uma língua falada pela etnia de mesmo nome que fica no estado do Mato Grosso. Mas não precisa ficar desesperado: eles são amigáveis e te auxiliarão no que for necessário. Caso contrário, basta comprar um dicionário, vendido em algumas lojas de Hopi Hari.

O grande barato deste país é a sensação de entrar em uma terra encantada - você corre o risco de ser convencido disto durante o passeio. As regiões são repletas de fantasias, aventuras, algumas com cara de Velho Oeste e outras que até lembram outros lugares pelo mundo. Como é o caso de La Tour Eiffel: a lembrança da torre francesa é imediata, mas a diferença está nos seus 69,5 metros de altura de pura emoção. Sente na cadeira, aperte os cintos e sinta o vento obtido por uma queda livre de 94 km/h.

Para os que gostam de sentir muito frio na barriga, a Montezum não pode ficar fora do roteiro. São mais de 100 km/h de pura velocidade na quinta maior montanha-russa de madeira do mundo. Em alguns momentos, você poderá sentir o carrinho fora dos trilhos ou o barulho da aceleração fazer acreditar que ele não vai parar.

Aos amantes de boas histórias, o Hopi Hari reservou teatros com apresentações emocionantes, que vão desde os famosos shows de saloon até a presença da turma da Vila Sésamo. E, aproveitando a calmaria, as opções para os que gostam de manter o coração batendo normalmente incluem o Vambatê, os "carrinhos de bate-bate"; ou um passeio romântico pela roda gigante alemã, com 44 m de altura, de onde é possível ter uma vista incrível do mundo de Hopi Hari - mesmo à noite, a vista é bela; até o Rio Bravo tem uma braveza mais mansa.

A gastronomia de Hopi Hari não é muito variada e é um tanto cara. As filas costumam ser grandes, então fuja do horário de almoço. Se estiver no pique, leve sua própria refeição: assim seu estômago não estranhará - e nem o seu bolso.

Para chegar ao Hopi Hari, não é preciso pegar avião: basta seguir pela rodovia dos Bandeirantes e ir até o km 72,5. Reserve dinheiro para os pedágios da estrada e para o estacionamento. Se preferir, ônibus passam por alguns pontos da cidade para levar você - é uma opção bem interessante e mais barata do que o carro. E aproveite o feriado prolongado e divirta-se na descoberta deste pequeno país perdido nos arredores da capital paulistana.

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Quem é a colunista: Carolina Teixeira, 25 anos, turismóloga, blogueira e estudante de jornalismo.

O que faz: É freelancer de comunicação e blogueira na maior parte do tempo. Também come, fala (muito), dorme, se diverte e viaja igual a tantos, além de adorar uma leitura, música e ser surpreendida por boas opções de entretenimento.

Pecado gastronômico: Café (não importa como), uma boa massa, sorvete no frio. Ultimamente anda faminta pelo arroz, feijão e bife.

Melhor lugar do Brasil: São Paulo.

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Atualizado em 6 Set 2011.