Guia da Semana

Diz o ditado que Deus é brasileiro. Tal frase é usada para justificar tanta riqueza natural concentrada em um único país. Se o dito popular é verdade ninguém pode saber. Mas que há presentes como cânions, praias, rios, cachoeiras, platôs e todo o tipo de formaçãogeográfica no terrítório nacional, isso há.

A constatação fica mais evidente quando olhamos para os pontos mais extremos desse gigante de quase 8,512 milhões de quilômetros quadrados. Seja ao norte, ao sul, leste e oeste, é beleza que não acaba mais, proporcionando viagens de aventura, cultura e lazer.

Nascente do Rio Ailã, no Monte Caburaí, Roraima

Foto: Roraima Adventures


Água clara que brota da terra, tornando-se caudalosa e compondo belas correntezas numa das formações rochosas mais antigas do globo. Essa é a nascente do Rio Ailã, ponto mais ao Norte do Brasil. Localizado no Monte Caburaí, a trilha ainda não está organizada, mas falta pouco. "Entre abril e maio, o Exército realizará uma expedição para constituir esse caminho, que mesmo não aberto tem bastante procura por parte de viajantes e exploradores", anuncia Magno Souza, diretor da Roraima Adventures.

Enquanto a ida à nascente não está liberada, vale a pena conhecer a parte dos Tepuis, nome da formação rochosa na região limítrofe com a Venezuela e Guiana, que já possui acesso. É o Parque Nacional do Monte Roraima, com fauna e flora únicas e formações rochosas que lembram dinossauros

Para Boa Vista, capital do estado, há voos diários (com conexão). Lá chegando, são duas horas e meia de viagem em estrada asfaltada até a fronteira. O único aceso ao Parque é feito necessariamente pela Venezuela. Depois, mais outro igual período até chegar à boca da mata e começar a aventura amazônica, comumente feita em seis dias. A recompensa é o topo do Monte Roraima com 90 Km de extensão.

Para saber mais :
Roraima Adventures: (95) 3623-6972
[email protected]

Curva do Arroio Chuí, Rio Grande do Sul

Foto:Prefeitura de Santa Vitória do Palmar


O Arroio Chuí é um pequeno curso d'água no extremo sul do Brasil. Ele nasce no município gaúcho de Santa Vitória do Palmar, cujo a localidade do Chuí é um distrito. Quem seguir o leito do rio, não navegável de todo devido ao baixo volume de água, chega na fronteira com o Uruguai em uma de suas curvas. Depois, o rio volta à território nacional e desagua no Oceano Atlântico junto à Praia da Barra do Chuí, onde fica um belo farol conhecido como último sentinela Brasileiro, construído em 1910 e com com 30 metros de altura.

A cidade com aeroporto mais próxima é Rio Grande, a menos de meia hora de carro. Da capital do estado, Porto Alegre, são cerca de três horas. Há farta opções de hospedagem, de hotéis a campings. Além das praias de água fria como a da Barra e do Hermenegildo, esse distrito possui interessante revelo, muito pesquisado por ser área de acúmulo de fósseis pré-históricos, protegido pelo Parque Nacional de Santa Teresa.

Apenas uma avenida separa o Chuí da cidade uruguaia Chuy, cidade que teve colonização portuguesa e guarda tesouros históricos como o Forte de San Miguel e Fortaleza de Santa Tereza.

Para saber mais:
Secretaria de turismo de Santa Vitória do Palmar
(53)3263-8000

Ponta do Seixas, Paraíba

Foto: Secretaria de Turismo do Estado da Paraíba


Se o país fosse um rosto, a Ponta do Seixas seria o nariz. Do Brasil e de toda a América do sul, pois esta falésia localizada em João Pessoa, capital da Paraíba, é o ponto mais a leste do continente. Com altura em torno de 25 metros, a formação rochosa joga-se mar a dentro, figurando como referência no transporte mundial, nas cartas do tráfego aéreo e marítimo.

No alto do platô foi construído em 1972 o Farol do Cabo Branco, de onde pode-se desfrutar fantásticas imagens devido à privilegiada localização: o azul Atlântico e barreiras de corais, atualmente ameaçados de extinção pela poluição. Abaixo, a Praia do Seixas, de areia fina e água quente.

Além de se conhecer o local onde o sol nasce primeiro, o viajante aproveita toda a cultura do estado. Retornando ao centro de João Pessoa, o turista pode apreciar construções como a Igreja Nossa Senhora da Guia, conhecer a tradição ceramista e rendeira no Mercado do Artesanato e aproveitar ainda mais a natureza na Praia da Penha.

Para saber mais:
Secretaria de Turismo de João Pessoa
(83) 3218-9852

Nascente do rio Moa, na Serra do Divisor, Acre

Foto: ICM Bio - Serra do Divisor


Se na Ponta do Seixas é o local que vê o sol nascer primeiro, é na nascente do rio Moa que o grande astro-rei retira-se do território. A 600 metros, ponto mais elevado da Serra do Divisor (ou de Contamana), o ribeirão nasce constitui grandes correntezas que mantém viva esse outro pedaço de floresta, bem diferente da região da nascente do rio Ailã, no Amapá, no quesito natureza.

Já no item prazer e dificuldade, as viagens são iguais. Para se chegar à região, pode-se descer diretamente no areoporto da cidade de Cruzeiro do Sul, que conta na rota regular das grandes companhias aéreas. Lá descendo, é necessário achar alojamento e pedir autorização ao Instituto Chico Mendes (ICM - Bio), já que é uma área de preservação e visita progamada. Com o documento na mão, poderá-se aproveitar passeios na pequenda cidade e ir atá o município de Mancio Lima para contratar um catraieiro e viajar no rio Moa. A viagem dura um dia inteiro (e de canoa) apenas para alcançar a coordenada.

Rio e revelo estão sempre juntos, e no Moa não ser diferente. O curso passa por dentro de um cânion, com cavernas, cachoeiras e grutas submersas. Na parte terrestre, poços perfurados em busca de petróleo atingiram o lenço freátíco e deram vasão à água sulforosa. Quem tenta afundar não consegue por conta da densidade da água. Em meio à bacia, iguarapés de águas escuras com diferentes temperaturas propiciam muitos passeios de barcos.

Para saber mais:
Eva's Tour
(68) 3322 - 3533 / (68) 9983-1046

Atualizado em 6 Set 2011.