Guia da Semana

Pare e pense. Você já reparou no caminho que você faz da casa pro trabalho? Não fique chateado se você faz parte de uma (grande) parcela da população que está na correria do dia dia e nunca observou detalhadamente aquele prédio de esquina, mesmo passando por lá diversas vezes.

+ Conheça os coletivos que atuam em São Paulo
+ Coletivo Arrua luta por uma São Paulo mais justa
+ Ajude a preservar as calçadas da cidade

Também não se sinta culpado por reclamar de São Paulo, seja por estar parado no trânsito e a cidade ser caótica ou por acha-la perigosa demais. A verdade é que às vezes andamos pelas ruas e nem percebemos o que está a nossa volta e acabamos submersos me perspectivas negativas.

“A gente tem que fazer alguma coisa pra mudar o olhar das pessoas em relação à cidade”, pensaram os amigos Leticia Leda, Edson Silva, Renata Eschiletti e Victor Mendes. E não é que eles, literalmente, estão no caminho certo?

Para mudar esse cenário, os quatro decidiram mostrar para as pessoas que São Paulo tem muito mais a oferecer. Desde agosto de 2012, o quarteto vem explorando as ruas da metrópole com o projeto SampaPé levando junto com eles gente que quer conhecer um pouco mais da sua cidade.

“Aprendemos que andar a pé muda completamente a sua relação com a cidade, então vimos que essa causa fazia sentido. Mostrar a cidade pras pessoas a pé e que ser pedestre é possível, muda a toda percepção que a pessoa tem com a cidade. Você se torna mais cidadão.”, conta Letícia em entrevista ao Guia da Semana.

Mas o que eles fazem? Saem por aí zanzando por São Paulo? Sim, mas é muito mais do que só andar pelas ruas. Eles criam passeios culturais na cidade, escolhem um bairro e toda a reúnem todas a história desse bairro, sempre com um abordagem diferente. “São aqueles lugares que as pessoas já passaram quinhentas vezes e nunca tinham visto”, diz Leticia.

Os passeios acontecem duas vezes por mês em bairros como Penha, Bixiga, Ipiranga, Higienópolois, Pari, Liberdade, Vila Madalena, Saúde e agora também vai ter Vila Clementino e Santana. “Queremos fazer todas as zonas da cidade e não ficar só no centro, onde já existe turismo e grupos que fazem alguma coisa por lá”, explica.

O grupo pede uma colaboração simbólica mínima de R$20, mas você também pode optar por ajudar com R$30, que eles classificam como simpático. Se você animou, siga o SampaPé (facebook.com/sampape.sp) e fique ligado nos roteiros do grupo.

Por Juliana Andrade

Atualizado em 25 Fev 2014.